Maioria dos brasileiros deseja ser mais solidários

Apesar da intenção de ser mais solidário, apenas 27% efetivamente se envolvem hoje em ações coletivas organizadas

Os últimos meses têm sido muito desafiadores. As pessoas tiveram que se adaptar rapidamente a uma realidade singular jamais vista. Mas nem tudo foram notícias ruins, na verdade, a solidariedade fez e está fazendo a diferença nesses tempos difíceis.

Uma pesquisa do Datafolha encomendada pela Omo, marca de sabão em pó da multinacional Unilever, que buscou conhecer mais sobre os hábitos e ações de solidariedade dos brasileiros antes e durante a pandemia.

Iniciativa beneficiará a ONG Gerando Falcões, que atua em comunidades em Poá (SP)
Créditos: Divulgação
Iniciativa beneficiará a ONG Gerando Falcões, que atua em comunidades em Poá (SP)

O Datafolha ouviu por telefone mais de 1.500 brasileiros de diversas faixas etárias (a partir de 16 anos) nas regiões Norte, Nordeste, Sul, Sudeste e Centro Oeste do país, entre os dias 1º e 8 de setembro.

A pesquisa mostrou que 96% dos brasileiros têm o desejo de ser mais solidário e buscam realizar ações para fazer o bem e promover um futuro melhor, mas muitas vezes não sabem como colocar essa solidariedade em prática.

Apesar da intenção de ser mais solidário, apenas 27% efetivamente se envolvem hoje em ações coletivas organizadas.

A maioria (68%) age de forma individual e pontualmente por não conhecer outras formas e oportunidades realizar essas ações. Aproximadamente sete de cada dez respostas dos brasileiros relacionam ações de solidariedade principalmente com o ato de ajudar quem está precisando, como pessoas em situações mais frágeis e de vulnerabilidade social.

Em contrapartida, apenas três em cada dez citações associam ações de solidariedade com atitudes coletivas, como ações para o bem-estar comum, ajuda a instituições —como ONGs, orfanatos, hospitais, asilos, e com a prestação de serviços voluntários e comunitários.

Praticamente todos os brasileiros declararam que costumavam praticar pelo menos uma ação de solidariedade antes da pandemia. Mas um fato curioso é que o brasileiro se enxerga solidário (92%), mas a percepção é menor quando se olha para o outro (68% não consideram o próximo solidário).