Marketing de causa ou a causa do marketing?

por Renato Rogenski,
Editor-chefe do Portal Adnews.

A atenção das pessoas é um capital cada vez mais valioso nesse mundo frenético e multifacetado. Isso significa dizer que as marcas precisam realmente ser relevantes. Não é mais uma questão de escolha. Muitas delas já aprenderam que para gerar empatia e conquistar o coração das pessoas é preciso também abraçar conceitos nobres e passar uma mensagem positiva ou crítica com relação as suas responsabilidades sociais.

O ponto não está apenas na comunicação, mas na ação. Na era das redes sociais, não dá mais para descolar a prática do discurso, como faziam as companhias que antes se “vendiam” como empresas com “responsabilidade socioambiental”.

Intervenção do Ipê (Instituto de Pesquisas Ecológicas) deu expressões faciais a árvores do entorno do Minhocão, em SP, que variavam de acordo com a poluição do local

O reflexo desse comportamento mundial foi a quantidade de trabalhos “engajados” que conquistaram prêmios no último festival de propaganda Cannes Lions. Campanhas que abordaram conceitos muito além da venda de produtos como “Retratos da Real Beleza”, de Dove, “Dumb Ways to Die”, para o metrô de Sydney ou “Ant rali”, para o WWF, são provas concretas dessa linha de criação.

A pergunta que sempre ecoa no fim do dia é a seguinte: será que é possível enxergar causas em ações de marketing? Assista a sequência de vídeos abaixo, todos eles premiados no maior festival de propaganda do mundo, e depois responda a pergunta.

“Meet the Superhumans” para o Channel 4:

“Ponte da Vida” para os seguros de Vida Samsung:

“Dumb Ways to Die” para o metrô de Sydney:

“Retratos da Real Beleza” para a Dove:

“Fãs Imortais” para o Sport Recife: