Pesquisa brasileira mostra como vírus zika age no cérebro
Pesquisa feita por brasileiros revela como o vírus zika age nos tecidos cerebrais levando a malformações neurológicas em bebês, entre elas a microcefalia. O trabalho, publicado na revista científica “Science”, pode ajudar a encontrar medicamentos que reduzam os danos causados pelo vírus na infecção de grávidas.
O estudo foi feito por cientistas do Idor (Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino) e da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), com apoio da Faperj (Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro) e da Academia Brasileira de Ciências.
A partir de células-tronco humanas, os pesquisadores criaram minicérebros ou organoides cerebrais, similares ao cérebro humano em desenvolvimento. Os modelos adotados são mais complexos do que culturas celulares.
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A metodologia permite identificar a relação entre o zika e a malformação e mostrar como as consequências variam de acordo com a etapa da gravidez em que ocorre a infecção.
A partir desse modelo de pesquisa, dez medicamentos estão sendo testados para impedir a infecção ou reduzir os impactos do vírus sobre o cérebro. Um deles pode reduzir a morte cerebral causada pelo vírus. No entanto, serão necessários novos testes para apresentar o medicamento como alternativa para as mulheres grávidas.
Os remédios em teste já têm a aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para outras doenças e poderiam ter no combate ao vírus zika um segundo uso.
Dados preliminares sobre a eficácia do medicamento mostram que a fórmula protege contra o ataque do vírus, mas não está confirmado se é capaz de reduzir a replicação viral dentro da célula-tronco neural, de acordo com o neurocientista.
Com informações da Agência Brasil