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Qual é o segredo da criatividade? 8 líderes em inovação respondem

Por Lidi Ferreira, da ProjectHub

Richard Chaves, diretor de inovação e novas tecnologias da Microsoft Brasil

Segundo o executivo, profissionais da inovação precisam enxergar o propósito do que fazem, ou não vão muito longe. “Se você visualiza claramente o impacto do seu trabalho para a sociedade, você conta com uma fonte de energia inigualável”, afirma. Outro ingrediente básico da criatividade para Chaves é o contato humano: interagir e trocar ideias com pessoas muito diferentes, como estudantes e empreendedores, é o que permite enxergar oportunidades até então invisíveis.

Carlos Tadeu da Silva, diretor de tecnologia para refrigeração e ar condicionado da Whirlpool Latin America

Organização e método são fatores essenciais para um bom profissional de inovação, segundo Silva. “Ao contrário do que muita gente pensa, criar não é um processo caótico, é muito racional”, explica. Contudo, a disciplina não pode endurecer o processo. “Você não pode ter medo de errar, ou só colocar na mesa de discussão as ideias que ‘fazem sentido’”, diz ele.

Rony Sato, gerente de tecnologia e inovação da BASF para a América do Sul

Como mediador de workshops de inovação, o executivo acredita na importância da diversidade como um dos grandes combustíveis para novas ideias. “É preciso dar abertura para que todos participem da discussão e tragam pontos de vista muitas vezes antagônicos sobre o assunto”, explica. Além disso, ele menciona o papel do envolvimento emocional para o processo criativo. “Você precisa acreditar na missão do projeto, enxergar um propósito importante por trás de tudo aquilo”, diz Sato. “Inovação depende muito de motivação”.

Camila Durlacher, diretora de P&D da 3M do Brasil

Na visão de Durlacher, formular soluções originais — e viáveis — é sempre um trabalho coletivo. “Somos mais criativos quando temos outras pessoas ao nosso redor, que nos dão respostas para o que não sabemos, e nos fazem perguntas sobre o que achamos que sabemos”, explica. “Sem colaboração, fica muito difícil ter uma ideia realmente boa”.

Eduardo Conejo, gerente sênior de inovação da Samsung América Latina

Estar bem informado é uma condição essencial para promover a inovação, segundo o executivo. “Você precisa ter um amplo leque de informações e referências para fazer associações de ideias”, afirma. “Quanto maior o seu repertório, mais facilmente você poderá cruzar áreas do conhecimento e chegar a novas conclusões”. Para alimentar sua criatividade, Conejo cultiva leituras ecléticas, de artigos acadêmicos a notícias sobre assuntos aparentemente desconexos da sua área. Para ele, informação nunca é demais: quando menos se espera, ela pode ser a chave de um problema.

Daniel Rosa, gerente de desenvolvimento para TV e mídia da Ericsson

“Para gerar inovação, um profissional precisa se sentir bem no seu ambiente de trabalho, isto é, ter a certeza de que suas contribuições serão ouvidas e apreciadas”, afirma o executivo. Ter autonomia para agir — sem precisar pedir “licença” — é outro ponto fundamental. Rosa também destaca a importância de não ter medo do fracasso. “Se você só aposta em projetos seguros, não rompe com nenhum paradigma”, explica. “A inovação começa com ideias loucas, absurdas”.

Caito Maia, presidente da Chilli Beans

Ex-líder de uma banda de rock, o executivo acredita que a rebeldia e a polêmica são ingredientes importantes para a inovação. “Apresento as ideias mais extravagantes para a minha mãe”, conta. “Se ela fica espantada, sinto que é um caminho que devemos perseguir”. Ele também diz que gosta de estar perto de pessoas criativas. “Para alimentar o meu espírito inovador, eu me cerco de gente que respira criatividade, como publicitários, arquitetos e designers”.

Graciela Tanaka, diretora de operações do Grupo Netshoes

Tanaka acredita que a criatividade para criar novos produtos e serviços se alimenta da empatia. “Para ter boas ideias, você precisa se colocar no lugar do consumidor”, afirma. Ela também destaca a importância da insatisfação com o status quo. “É importante olhar para as tecnologias já empregadas e acreditar que sempre é possível melhorá-las”, diz a diretora.

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