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Ruanda lança 1ª rede global de entregas de sangue por drone

Serviço garante até 150 voos diários em caso de emergências médicas

O governo de Ruanda lançou nesta sexta-feira, dia 14, o primeiro serviço mundial de entregas com drones. Os veículos serão utilizados no transporte de bolsas de sangue para 21 locais de transfusão localizadas na região de Muhanga, na parte ocidental do país.

Os drones e o serviço de entrega são construídos e operados pela Zipline, uma empresa de robótica com sede na Califórnia (EUA).

Os equipamentos tem autonomia para voar até 150 km, num percurso de ida e volta, mesmo com vento e chuva, e transportar 1,5 kg de sangue, o que é suficiente para salvar a vida de uma pessoa.

Serviço garante até 150 voos diários em caso de emergências médicas
Serviço garante até 150 voos diários em caso de emergências médicas

O plando do governo é expandir a rede de drones para a parte oriental do país já no início de 2017.

Logistica

Enquanto o serviço de entregas com drones focará, inicialmente, no transporte de sangue, uma parceria existente entre a UPS, a Gavi (Aliança Global para Vacinas e Imunização) e a Zipline vai ajudar o país a expandir rapidamente o serviço a todos os tipos de medicamentos e vacinas, essenciais para a sobrevivência da população, passíveis de serem transportados por drone.

Drones serão utilizados no transporte de bolsas de sangue para 21 locais de transfusão localizadas na região de Muhanga
Drones serão utilizados no transporte de bolsas de sangue para 21 locais de transfusão localizadas na região de Muhanga

“Os drones são recursos de grande utilidade, tanto a nível comercial como para melhorar os serviços do setor de saúde. Estamos muito felizes e orgulhosos em lançar esta tecnologia inovadora e por continuar a trabalhar com os nossos parceiros no seu desenvolvimento”, disse o presidente do país, Paul Kagame, na cerimônia de lançamento do projeto pioneiro no mundo.

Nos países em desenvolvimento, o acesso a produtos de saúde é prejudicado pelo conhecido incapacidade de transportar os medicamentos necessários de uma cidade para locais rurais ou remotos, devido à ausência de transporte adequado, de comunicação e de infraestrutura.

Em Ruanda, a hemorragia pós-parto é a principal causa de morte entre as mulheres. O sangue para transfusão exige armazéns e transporte com controle de temperatura e soluções rápidas para os resíduos.

https://youtu.be/aSq4VEcQ6Mo

Como existe uma grande variedade de produtos envolvidos numa transfusão de sangue, e não há forma de projetar ou prever as necessidades futuras, muitas das clínicas de transfusão não têm em estoque todo o sangue de que precisam.

Durante a longa estação das chuvas no país, muitas estradas ficam inundadas e lamacentas, tornando-se intransitáveis ou mesmo inexistentes. O resultado é que, muitas vezes, pessoas em risco de vida e que necessitam de uma transfusão rápida não têm acesso ao sangue de que necessitam devido ao estado das estradas.