Startup ajuda pacientes no tratamento de doenças crônicas

A frequente comunicação entre o paciente e o médico podem ajudar a diminuir as mortes por doenças crônicas não transmissíveis. É o acredita a biomédica Marisângela Brittes, 33, e o médico design thinker, Leonardo Aguiar, 28, criadores do Maisha, uma plataforma baseada no conceito M-Health que tem o propósito de incentivar a colaboração e a troca de informações entre os pacientes, os profissionais e os sistemas de saúde.

“Hoje existe uma grande dificuldade de comunicação e interação entre os profissionais da saúde e os pacientes,  prejudicando  o controle das doenças silenciosas”, explica Brittes. “Por exemplo, a hipertensão e a diabetes são as maiores causas das doenças cardiovasculares, considerada a maior causa de óbito prematuro em todo o mundo.”

Segundo Aguiar, apesar de serem enfermidades extremamente importantes são paradoxalmente conhecidas como silenciosas, pois normalmente, quando os primeiros sintomas se manifestam, já existe uma grave complicação, que pode ocasionar, por exemplo, um infarto cardíaco ou um AVC ( Acidente Vascular Cerebral, conhecido como derrame cerebral).

Inspirado nas tribos africanas da Etiópia que possuem aparelhos de celulares coletivos, carregados por bateria solar, utilizados para alertar sobre pragas,enxurradas e demais serviços relacionados a agricultura e saúde da população, o Maisha funciona por meio da troca de SMS, que automaticamente gera um banco de dados inteligente.

“Escolhemos o SMS por ser uma tecnologia simples, fácil e barata, que não precisa ser aprendida pela maior parte da população mundial, não depende do sinal da internet, e está disponível na maioria dos celulares ao redor do planeta sem precisar fazer nenhum tipo de instalação.”

Atualmente o projeto está sendo implantando na região Sul e Sudeste do país em planos e sistemas de saúde onde existe equipe de saúde multidisciplinar. O objetivo é atingir todos os estado brasileiros até 2017 e iniciar as operações no exterior até 2020.