Teste reduz preconceito durante o sono

Algumas pesquisas já mostraram que o período do sono pode ser usado para reativar a memória ou, então, para consolidar novas. Agora, pesquisadores tentam usar esse potencial para reduzir preconceitos de raça e gênero do cérebro enquanto as pessoas dormem.

Um estudo publicado na semana passada pela Universidade Northwestern, mostrou que o uso de treinamentos contra estereótipos podem ser potencializados com interferências durante períodos de sono profundo.

“Sons tocados durante o sono podem produzir memórias relativamente melhores para informações inseridas durante o sono. Por exemplo, nós usamos esse procedimento para melhorar seletivamente a memória espacial, como aprender a localização de objetos, e na memória da habilidade, como para aprender a tocar teclado”, disse Ken Paller, autor do estudo e professor de psicologia na Northwestern, ao site do “O Globo”.

Para confirmar a eficácia da pesquisa, participantes foram usados em dois regimes de treinamento. O primeiro era para diminuir o preconceito racial e o outro, contra o de gênero. Algumas tarefas dispostas em um computador mostraram rostos relacionados a palavras contrárias ao estereótipo. Por exemplo, mulheres associadas à matemática ou ciência, e negros associados com elogios. Sons foram emitidos durante as sessões, que foram relacionados fortemente a esses pares.

Após os testes, os participantes ouviram músicas repetidamente enquanto dormiam. O processo desenvolveu benefícios seletivos que os pesquisadores esperavam. A redução de preconceito foi maior para os treinamentos específicos reativados durante o cochilo.  “Foi surpreendente que a intervenção no sono teve impacto que era aparente até uma semana depois”, disse Xiaoqing Hu, pesquisador da Northwestern que também participou dos estudos.

O estudo deve ser mais aprofundado, mas já tem possibilidades de além de reduzir o preconceito, além de poder ajudar no tratamento de outros hábitos, como o fumo e fobias.

Via CMais