Voluntários leem poesia para pessoas com deficiência visual

Para colocar para fora suas emoções, Adriana Ribeiro, 42 anos, escreve poesias desde os 9 anos de idade. Autora de três livros, conta que sentiu necessidade de ver as palavras extrapolarem as páginas impressas.

Passou uma madrugada gravando áudios de uma de suas obras, “Movimento Íntimo”. Era o início do projeto Purpurinar, que reúne num site textos literários gravados por voluntários para pessoas com deficiência visual.

“Caminho e planto sementes”, diz Adriana, fazendo referência a uma de suas poesias para dizer que não sabe dimensionar o impacto do Purpurinar na vida de quem não tem acesso a obras literárias em Braille.

Hoje o site conta com 300 áudios. Mas ela quer mais. Quer arregimentar um exército de voluntários para ajudarem na sua missão de “empoderar com cultura” quem não vê. “As poesias trazem mensagens significativas”, diz.

O Purpurinar já teve a contribuição de 40 voluntários. E qualquer pessoa pode doar uns minutinhos para gravar um texto literário. Basta acessar o site, baixar o programa e enviar o áudio para Adriana subir e compartilhar no Facebook.

“Ajudando, o voluntário também se ajuda. Porque quando, no nosso dia a dia, paramos para ler um texto literário? E poder colocar seu sentimento num áudio e compartilhá-lo permite uma conexão com o outro. É isso que eu sinto e quero que todo mundo experimente.”

Quer ouvir Adriana lendo suas poesias?

Por QSocial