Cinemateca recebe mostra “Tradição e Invenção”

Ciclo envolve cinema e a psicanálise

divulgação
"No Reino das Mães" integra a trilogia de Leon Hirszman

A Cinemateca, em parceria com Federação Psicanalítica da América Latina, inaugura neste mês de maio uma série de encontros entre o cinema e a psicanálise. Sob a coordenação de Leopold Nosek, o tema será debatido com as psicanalistas Cintia Buschinelli, Magda Khouri e Silvana Rea.

Realizada entre 1983 e 1986, “Imagens do inconsciente”, dirigida por Leon Hirszman abre a programação do ciclo. A trilogia é fruto do contato do cineasta com o trabalho da psiquiatra Nise da Silveira.

Clássicos do cinema brasileiro e mundial como “E Deus criou a mulher”, de Roger Vadim, “Clamor do sexo”, de Elia Kazan, “A falecida”, de Leon Hirszman, “Limite”, de Mário Peixoto, e o recente “O céu de Suely”, de Karim Aïnouz, também integram a programação.

A mostra “Tradição e Invenção” acontece entre os dias 27 de maio e 7 de outubro, sempre aos domingos, às 18h, com entrada até R$ 8.

Em Busca do Espaço Cotidiano
Imagens do Inconsciente – Em Busca do Espaço Cotidiano (Rio de Janeiro, 1983-1986, cor, 80’, dir.:Leon Hirszman)
O filme denuncia os limites da psiquiatria tradicional e a decadência dos lugares que acomodam os doentes. A partir daí, volta-se para o caso do mulato Fernando Diniz, cujas pinturas, ora abstracionistas, ora figurativas, muitas vezes povoadas por formas circulares e geometrismos, funcionam como lugar de exposição de seus tormentos subjetivos.
No Reino das Mães
Imagens do Inconsciente – No Reino das Mães (Rio de Janeiro, 1983-1986, cor, 55’, dir.: Leon Hirszman)
O filme tem como principal personagem a paciente Adelina Gomes, internada num hospício no final dos anos 1930. Aos 18 anos, Adelina apaixonou-se por um rapaz, mas seu casamento foi proibido pela mãe. Em sinal de revolta, ela estrangula a gata de estimação da família e vai para o manicômio, recebendo diagnóstico de esquizofrenia.
A Barca do Sol

Imagens do Inconsciente – A Barca do Sol (Rio de Janeiro, 1983-1986, cor, 70’, dir.: Leon Hirszman)
A barca do sol mergulha no universo místico de Carlos Pertius, filho de uma família de imigrantes franceses, internado aos 29 anos. Depois de enfrentar problemas pessoais, Carlos vislumbra uma imagem cósmica, a que deu o nome de “o planetário de Deus”. Foi encarcerado no hospital da Praia Vermelha, no Rio de Janeiro, e recebeu o diagnóstico de esquizofrenia.

Por Redação