Leon Hirszman é homenageado em Santo André
Acontece em Santo André durante todas as quartas-feiras do mês de abril, um especial com filmes de Leon Hirszman, onde manifestou contra o que lhe incomodava na sociedade.
Leon Hirszman foi um cineasta que verbalizou suas idéias através do cinema nacional-popular.
Veja a programação e a sinopse dos filmes:
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20h
Deixa que eu falo*
Para inicar a programação e contar sobre o cineasta, será apresentado o filme “Deixa que eu falo”, realizado por Eduardo Escorel, companheiro de Leon.
O documentário refaz a trajetória do cineasta e de sua época, por meio de uma cuidadosa montagem.
Uma síntese das esperanças e frustrações de uma geração, o filme destaca a rara virtude de combinar rigor político, capacidade de aglutinação e paixão pelo potencial transformador da arte.
*Antes da projeção do filme, haverá bate-papo com Maria Hirszman, filha do cineasta e responsável pela restauração da obra do pai.
14/04
20h
Debruça-se sobre os conflitos, contradições e anseios da classe trabalhadora no final dos anos 1970, na crise final da ditadura militar.
O filme situa a esperança na ação coletiva e a aposta nas saídas individuais, como alternativa de vida para os trabalhadores.
Com direção de Leon Hirszman, atuação de Fernanda Montenegro, recebeu vários prêmios, entre os quais se destaca o Leão de Ouro no Festival de Venezuela de 1981.
O texto é uma adaptação de Gianfrancesco Guarnieri, feito para o teatro.
21/04
17h
São Bernardo
Baseado no romance de Graciliano Ramos e com trilha sonora de Caetano Veloso, o filme conta a trajetória de Paulo Honório, um modesto caixeiro-viajante que enriquece, valendo-se de métodos violentos.
Paulo Honório compra a fazenda São Bernardo e contrata um casamento com Madalena, a professora da cidade, que não aceita ser tratada como propriedade.
O filme que estreou em 1972 tem direção de Leon Hirszman, atuação de Othon Bastos e Isabel Ribeiro, tornou-se um clássico do cinema brasileiro.
28/04
20h
ABC da Greve
O documentário dirido por Leon Hirszman, foi filmado no final dos anos 70 quando eclodiu um intenso movimento grevista nas cidades industriais em torno de São Paulo, serviu como laboratório de preparação para “Eles não Usam Black-Tie”, que Leon rodaria em seguida.
Sua edição final só foi concluída em 1990 pelo fotógrafo e montador do filme, Adrian Cooper, por iniciativa da Cinemateca Brasileira.