Reestreia de espetáculos da temporada 2010 na Fiesp

Por Redação
02/02/2011 08:57 / Atualizado em 05/05/2020 16:16

O Centro Cultural Fiesp Ruth Cardoso recebe a partir do hoje, dia 2 de fevereiro, três espetáculos teatrais da temporada de 2010. São eles “O Maior Menor Espetáculo da Terra”, “Pororoca” e “Quem tem medo de Curupira?”, com entradas gratuitas.

A primeira apresentação será do grupo carioca Centro Teatral e Etc e Tal, dia 2 de fevereiro. No dia seguinte, 3, será a tragicomédia do maranhense Zen Salles “Pororoca” e para fechar a reestreia dos espetáculo, dia 5 de fevereiro, acontecerá a apresentação de “Quem tem medo de Curupira?”, um musical com texto de Zeca Baleiro e direção da premiada Débora Dubois.

A distribuição dos ingressos tem início a partir da abertura da bilheteria no mesmo dia do evento.

O Maior Menor Espetáculo da Terra

O espetáculo resgata o curioso universo de um remoto circo de pulgas. Com texto e direção de Álvaro Assad e Melissa Teles-Lôbo, a peça apresenta personagens fantásticos, vindas de lugares remotos e até inusitados: da China Pun Ching Oo, a pulga Funâmbula; da Argentina PulGardel, a pulga bala; e da Oceania as lindas pulgas gêmeas trapezistas Pulg Lee e Pilg Luu.

Além destas, há, também, uma inimaginável pulga indomável da floresta do Zimbábue. Todas estas atrações internacionais contam com talentos arrebatadores e incrivelmente trabalhados por um trio de cômicos Mestres de Cerimônias, conduzindo o público a ver o que não pode ser visto e imaginar um extraordinário mundo mambembe em miniatura.

O texto é uma mescla de dramaturgia de números clássicos do circo tradicional com uma profunda pesquisa científica do universo das pulgas e claro, a comicidade característica do grupo.

Serviço

De 2 a 13 de fevereiro, de quarta-feira a domingo, às 15h e 17h.

Pororoca

O dramaturgo Zen Salles foi buscar nas lendas e mitos de sua terra natal, Maranhão, a matéria-prima para a construção dessa peça, narrando todo o impacto que a pororoca – que significa “onda destruidora” no dialeto indígena – causa entre os ribeirinhos do Mearim.

O real e o fantástico também se encontram e se misturam entre os seus personagens, que esperam a “onda medonha” passar, transformando a vida de pescadores que viram peixe, de quebradeiras de coco babaçu que se encantam com surfistas da pororoca, de brincantes do bumba-meu-boi que tiveram suas pernas devoradas pelas piranhas do rio, e de mulheres rendeiras que bordam no bilro todo o seu desejo reprimido.

A peça, que intercala cenas tensas e descontraídas, fala da alegria e do senso de humor característico do povo brasileiro, apesar de todas as dificuldades.

Serviço

De 3 a 27/02 – de quinta-feira a domingo, às 20h.

Quem tem medo de Curupira?

“Quem tem medo de Curupira?” foca no público juvenil e destaca personagens da fábula brasileira pouco explorados na dramaturgia.

Desacreditados e sem causar espanto algum nas pessoas, o Saci, o Caipora, o Boitatá, o Curupira e a Iara resolvem se aventurar numa viagem até a cidade para descobrir porque as pessoas pararam de crer em sua existência. A partir daí, desenrola-se uma trama “rocambolesca”, com direito a aparições de um índio pop e aculturado, um lenhador cético e um pé de jacarandá fugitivo.

A peça, que resgata o folclore brasileiro das regiões norte e nordeste do país para a realidade urbana das metrópoles, propõe uma reflexão subliminar sobre a própria migração interna e a imensa mudança de valores que ela acarreta.

Serviço

De 5 a 27/02 – sábados e domingos, às 16 horas.