Vai viajar? Saiba onde se escondem os perigos!

A viagem é a meta, mas ela não se inicia quando se põe o pé na estrada. O verdadeiro viajante analisa seu roteiro e procura conhecer melhor os detalhes do lugar a ser visitado. Quando se conhece o risco, não há risco. Este poderia ser o mote de um centro de excelência da medicina preventiva no Brasil: o Núcleo de Medicina do Viajante, do Instituto de Infectologia Emilio Ribas, em São Paulo. Ali a combinação de conhecimentos e bom-senso predestina os viajantes a não colocar a viagem em sinal vermelho.

O Núcleo de Medicina Preventina, inaugurado em 2000, conta com uma equipe de médicos infectologistas e visa minimizar o risco de adoecimento, prevenindo e orientando os viajantes sobre surtos, epidemias de doenças assim como os corretos cuidados com a saúde em viagens mundo afora. Atua também na área de tratamentos de doenças adquiridas durante estas jornadas.

Numa época que o Aedes aegypti está fazendo a festa, no Brasil e em outros países, trazendo na bagagem a dengue, a zika e a chikungunya, bem como o carrapato-estrela que pode transmitir a febre maculosa, todo cuidado é pouco. Mesmo os países chamados de primeiro mundo deixam um rastro de doenças, vide a Alemanha na Copa de Futebol, em 2006, que infeccionou milhares de turistas com o sarampo, e agora Nova York, com uma epidemia de piolhos.

“Vacinas só as de febre amarela e hepatite tipo A (todas com três semanas antes da viagem) são eficazes e recomendadas; no mais, nossa orientação é criar medidas de barreiras que possam diminuir o risco de contrair enfermidades, evitando as picadas de insetos”, recomenda a Dra. Tânia Chaves. Vestir roupas claras, calças e camisas de mangas compridas, e evitar sair principalmente ao amanhecer e entardecer, quando os insetos estão em maior atividade. Além disso, usar repelentes com DEET (Di-Etil Etil Toluamida) na concentração de 35%. Nessa proporção o repelente é eficaz durante quatro horas, enquanto os mais comuns à venda só protegem na primeira meia hora.

Deve-se borrifar também atrás das orelhas e dos pulsos. Outra medida é impregnar as roupas com o princípio ativo da Permetrina encontrada nas casas de caça e pesca, pois ajuda a afastar os mosquitos. Mais uma dica valiosa: não usar perfumes à base de florais, que agem como imã para insetos, e sempre que possível usar mosquiteiros sobre a cama.

“Só um médico pode avaliar cada caso, orientar corretamente o remédio certo de acordo com as características da viagem, pois uma medicação inadequada pode causar dano maior decorrente dos efeitos colaterais. Atenção especial deve ser dada ao diabético, hipertenso, cardiopata, ou alérgico a algum tipo de medicamento”, ensina Dra. Tânia.

As orientações acompanham até mesmo as refeições: consumir apenas água mineral gaseificada, pois além de ser de difícil falsificação, tem pH acidificado, o que dificulta a multiplicação de bactérias. Legumes só cozidos e nenhum tipo de carne ou peixe cru completam as sugestões.

O Núcleo também orienta sobre medidas preventivas para o mal de altura, àqueles que vão se aventurar a mais de três mil metros de altitude; para o perigo das arraias nos igarapés do norte do Brasil e, ainda cuidados com a síndrome da classe econômica em viagem longas, que pode provocar distúrbios cardiovasculares.
Mais informações: Núcleo de Medicina do Viajante do Instituto de Infectologia Emilio Ribas, tel. 11- 3896-1400, medviajante@emilioribas.sp.gov.br, em São Paulo, ou www.cives.urfg.br, no Rio de Janeiro

Por Heitor e Silvia, do site Viramundo e Mundovirado

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