O primeiro show do Zeca Pagodinho a gente nunca esquece

Repórter do Samba em Rede esteve nos camarins ao lado do sambista e conta como foi

Zeca Pagodinho reuniu na última semana  mais de três mil fãs no Espaço das Américas, na zona oeste de São Paulo, no show de lançamento do Sambabook, projeto multimídia que homenageia a cada ano a obra autoral de um artista do samba. O público paulista cantou todo o repertório apresentado por alguns dos 26 convidados que integraram o projeto em 2014.

O público não se conteve e foi até a beira do palco prestigiar os artistas

Neste show, participaram a madrinha Beth Carvalho, o embaixador da iniciativa Diogo Nogueira, os novos talentos Mumuzinho e Mariene de Castro, o cantor Péricles, uma das referências no pagode de São Paulo, o produtor musical de samba Rildo Hora e o maestro Nailor ‘Proveta’ com a Orquestra Furiosa do Auditório. E, para agradável surpresa dos fãs, Arlindo Cruz, o maior parceiro de Zeca.

Bastidores

O clima no backstage era de total alegria. Os jovens músicos da Furiosa do Auditório improvisavam em seus pandeiros, violões e saxofones enquanto a casa enchia. Beth e Mariene se arrumavam em um camarim enquanto Arlindo, Péricles e Diogo conversavam em outro. Proveta circulava de cima a baixo. Mumuzinho e Rildo apareceram pouco antes do show começar.

Reservado e com poucas palavras, Zeca transitava discretamente. Vestido com uma camiseta azul turquesa, estampada com a palavra “sambista” – a qual trocou por um sofisticado terno -, o compositor me notou observando-o de longe ao posar para uma fotografia. Todos sabem que ele não gosta de entrevistas, especialmente antes e depois de fazer um show. Mesmo assim, me chamou.

“Afinal, você vai se apresentar ou não? Qual é o seu nome?”. Alguns minutos depois, na muvuca de fotógrafos, amigos e produtores, Zeca me viu de novo. Desta vez, acenou para que eu entrasse no camarim dele. Tentei fazer ao menos uma pergunta, que ele desviou com humor e um abraço carinhoso, alegando “precisar” de duas garrafas de vinho para poder me responder.

Seu filho, Luizinho, também estava lá. “Eu sou fã do Sambabook antes do meu pai ser homenageado. João Nogueira não sai do DVD de casa”, ele contou. A importância do projeto, segundo ele, é valorizar o lado compositor do artista. E Zeca admitiu: “Eu não esperava que fosse dar esse estouro todo”. Sem deixar de frequentar uma gravação, Luizinho disse que a maior emoção da experiência foi ver o seu pai feliz, muito feliz.

O show

Nossa equipe conseguiu falar com todos os convidados, exceto Beth Carvalho. A cantora, que deu o pontapé inicial na carreira de Zeca, trajava um elegante vestido branco e conduzia o que apelidou de “Beth móvel”, uma cadeira motorizada por conta dos recentes problemas de saúde. Com sua potente voz, cantou “Lama nas Ruas” (Zeca e Almir Guineto) e saudou público levantando-se e abrindo os braços.

A cantora elogiou o projeto como uma preciosa fonte de material para o estudo da música, determinado por lei conteúdo obrigatório no currículo escolar. Com exclusividade, também compartilhou quem será o próximo homenageado do Sambabook: “Dona Ivone Lara”.

No final do show, encerrado com “Camarão que Dorme a Onda Leva” (Zeca, Arlindo e Beto Sem Braço) – a primeira composição de Zeca que Beth gravou -, todos os artistas subiram ao palco. Em grande estilo, quando a música terminou, formaram o que Zeca chamou de “Bonde da Beth”, um trenzinho puxado pela cantora enquanto saíam de cena.

O primeiro show do Zeca Pagodinho a gente nunca esquece

Repórter do Samba em Rede esteve nos camarins ao lado do sambista e conta como foi

Zeca Pagodinho reuniu na última semana  mais de três mil fãs no Espaço das Américas, na zona oeste de São Paulo, no show de lançamento do Sambabook, projeto multimídia que homenageia a cada ano a obra autoral de um artista do samba. O público paulista cantou todo o repertório apresentado por alguns dos 26 convidados que integraram o projeto em 2014.

O público não se conteve e foi até a beira do palco prestigiar os artistas

Neste show, participaram a madrinha Beth Carvalho, o embaixador da iniciativa Diogo Nogueira, os novos talentos Mumuzinho e Mariene de Castro, o cantor Péricles, uma das referências no pagode de São Paulo, o produtor musical de samba Rildo Hora e o maestro Nailor ‘Proveta’ com a Orquestra Furiosa do Auditório. E, para agradável surpresa dos fãs, Arlindo Cruz, o maior parceiro de Zeca.

Bastidores

O clima no backstage era de total alegria. Os jovens músicos da Furiosa do Auditório improvisavam em seus pandeiros, violões e saxofones enquanto a casa enchia. Beth e Mariene se arrumavam em um camarim enquanto Arlindo, Péricles e Diogo conversavam em outro. Proveta circulava de cima a baixo. Mumuzinho e Rildo apareceram pouco antes do show começar.

Reservado e com poucas palavras, Zeca transitava discretamente. Vestido com uma camiseta azul turquesa, estampada com a palavra “sambista” – a qual trocou por um sofisticado terno -, o compositor me notou observando-o de longe ao posar para uma fotografia. Todos sabem que ele não gosta de entrevistas, especialmente antes e depois de fazer um show. Mesmo assim, me chamou.

“Afinal, você vai se apresentar ou não? Qual é o seu nome?”. Alguns minutos depois, na muvuca de fotógrafos, amigos e produtores, Zeca me viu de novo. Desta vez, acenou para que eu entrasse no camarim dele. Tentei fazer ao menos uma pergunta, que ele desviou com humor e um abraço carinhoso, alegando “precisar” de duas garrafas de vinho para poder me responder.

Seu filho, Luizinho, também estava lá. “Eu sou fã do Sambabook antes do meu pai ser homenageado. João Nogueira não sai do DVD de casa”, ele contou. A importância do projeto, segundo ele, é valorizar o lado compositor do artista. E Zeca admitiu: “Eu não esperava que fosse dar esse estouro todo”. Sem deixar de frequentar uma gravação, Luizinho disse que a maior emoção da experiência foi ver o seu pai feliz, muito feliz.

O show

Nossa equipe conseguiu falar com todos os convidados, exceto Beth Carvalho. A cantora, que deu o pontapé inicial na carreira de Zeca, trajava um elegante vestido branco e conduzia o que apelidou de “Beth móvel”, uma cadeira motorizada por conta dos recentes problemas de saúde. Com sua potente voz, cantou “Lama nas Ruas” (Zeca e Almir Guineto) e saudou público levantando-se e abrindo os braços.

A cantora elogiou o projeto como uma preciosa fonte de material para o estudo da música, determinado por lei conteúdo obrigatório no currículo escolar. Com exclusividade, também compartilhou quem será o próximo homenageado do Sambabook: “Dona Ivone Lara”.

No final do show, encerrado com “Camarão que Dorme a Onda Leva” (Zeca, Arlindo e Beto Sem Braço) – a primeira composição de Zeca que Beth gravou -, todos os artistas subiram ao palco. Em grande estilo, quando a música terminou, formaram o que Zeca chamou de “Bonde da Beth”, um trenzinho puxado pela cantora enquanto saíam de cena.