Agência europeia não vê ligação entre coágulos e vacina de Oxford

Órgão regulador de medicamentos diz que os benefícios do imunizante da AstraZeneca superam riscos de efeitos colaterais

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) informou nesta terça-feira, 16, que não há “nenhuma indicação” de que a vacina Oxford /AstraZeneca contra a covid-19 tenha causado coágulos sanguíneos recentemente relatados entre os vacinados.

“No momento, não há indicação de que a vacinação tenha causado essas condições, elas não surgiram nos testes clínicos e não estão listadas como eventos colaterais conhecidos ou esperados com esta vacina”, disse o diretor executivo Emer Cooke em uma entrevista coletiva nesta terça-feira.

“Ainda estamos firmemente convencidos de que os benefícios da vacina da AstraZeneca na prevenção da Covid-19, com seu risco associado de hospitalização e morte, superam esses efeitos colaterais”, acrescentou Cooke.

Agência reguladora europeia não vê ligação entre coágulos e vacina de Oxford
Créditos: kiattisakch/istock
Agência reguladora europeia não vê ligação entre coágulos e vacina de Oxford

A OMS também se posicionou sobre o assunto, dizendo que não há evidências de que os incidentes sejam causados ​​pela vacina e é importante que as campanhas de vacinação continuem para que mais vidas possam ser salvas.

A investigação começou depois que vários países europeus suspenderam a vacinação com o imunizante da AstraZeneca. Entre eles, Alemanha, Itália, França e Portugal.

A Áustria foi o primeiro país a tomar essa decisão e, no dia 8 de março, suspendeu um lote de vacinas por causa da morte de uma enfermeira que recebeu uma dose do imunizante. A mulher, de 49 anos, morreu por uma má coagulação sanguínea.

Registro definitivo no Brasil

A vacina de Oxford, que já está em uso no Brasil, recebeu nesta sexta-feira, 12, o registro definitivo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Antes, ela tinha apenas o registro para uso emergencial.

Em ensaios clínicos, o imunizante demonstrou eficácia e segurança e foi aprovado para uso em mais de 50 países.