Amazonas pede ajuda para transferir 60 bebês prematuros

Governos estaduais já se mobilizam para receber os bebês e algumas gestantes com covid-19 que correm risco de ficar sem oxigênio

Após o colapso nos hospitais de Manaus, o governo do Amazonas solicitou aos estados que recebam pelo menos 60 bebês prematuros que correm o risco de ficar sem oxigênio.

O governo de São Paulo informou que disponibiliza leitos para receber os bebês e também gestantes. O contato foi feito entre as Secretarias de Saúde dos estados.

Sem oxigênio, Manaus entra em colapso e bebês prematuros correm risco de vida
Créditos: reprodução/Twitter
Sem oxigênio, Manaus entra em colapso e bebês prematuros correm risco de vida

“Imediatamente já fizemos contato com o secretário da Saúde do Estado do Amazonas, o doutor Marcellus. Ele está fazendo um levantamento porque vários estados, de forma humanitária, estão acolhendo esses bebês. E não são apenas bebês, mas são também mulheres grávidas. São essas gestantes que também foram comprometidas pela covid e que necessitam de assistência. Então, desta forma nós queremos saber quantas ainda precisam da nossa assistência e prontamente estaremos acolhendo aqui em SP”, disse o secretário da Saúde de SP, Jean Gorinchteyn.

Em coletiva de imprensa no início da tarde desta sexta-feira, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), comentou sobre a situação e fez críticas ao governo de Jair Bolsonaro. “Nós acolheremos todos os bebês que puderem ser transportados aqui pra São Paulo. É o fim do mundo isso. Pra quem é pai e quem é mãe, não tem oxigênio pra bebê? A irresponsabilidade do governo Bolsonaro, me choca isso, como brasileiro”, afirmou.

“Tenho a sensação de que o governo Bolsonaro gosta do cheiro da morte, e não de celebrar a vida, pois se quisesse celebrar a vida já teria contribuído com o estado do Amazonas para oferecer condições mínimas de atendimento aos brasileiros que lá vivem. Não teríamos assistido às cenas dramáticas que vimos ontem na televisão”, disse o governador.

Além de SP, o estado do Maranhão também se ofereceu a receber de 5 a 10 bebês e já estuda a logística de transferência. O Paraná também disponibilizou 25 leitos de UTI neonatal, segundo a Secretaria Estadual da Saúde (Sesa).