Anvisa recebe pedido de uso emergencial da CoronaVac

Documentação foi recebida nesta seta-feira; Agência tem 10 dias para dar uma resposta

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou na manhã desta sexta-feira, 8, que recebeu o pedido de autorização temporária de uso emergencial, em caráter experimental da vacina CoronaVac. O pedido foi enviado pelo Instituto Butantan, que no Brasil conduz os estudos da vacina desenvolvida pela empresa Sinovac.

Com os documentos em mãos, a Anvisa tem o prazo de 10 dias para dar uma resposta. Caso seja identificada a falta de alguma documentação, esse prazo de análise pode ser maior que 10 dias.

“As primeiras 24h serão utilizadas para fazer uma triagem do processo e checar se os documentos necessários estão disponíveis. Se houver informação importante faltando, a Anvisa pode solicitar as informações adicionais ao laboratório. O prazo de 10 dias, não considera o tempo do processo em status de exigência técnica”, informou nota da Agência.

Para fazer a avaliação, a Anvisa vai utilizar as informações apresentadas junto com o pedido e também as informações já analisadas anteriormente por meio da Submissão Contínua.

A análise do pedido de uso emergencial é feita por uma equipe multidisciplinar, envolve especialista das áreas de registro, monitoramento e inspeção.

Eficácia da CoronaVac

A CoronaVac, vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, apresentou uma eficácia de 78% naqueles voluntários brasileiros que apresentaram casos leves ou precisaram de atendimento ambulatorial, segundo informou o governo de São Paulo na quinta-feira, 7.

Anvisa começa a fazer a triagem dos documentos do pedido de uso emergencial da CoronaVac
Créditos: Divulgação
Anvisa começa a fazer a triagem dos documentos do pedido de uso emergencial da CoronaVac

Ainda de acordo com o governo, a vacina garantiu a proteção total (100%) contra mortes, casos graves e internações nos participantes vacinados que foram contaminados com o vírus. Isso indica que quem tomar a vacina do Butantan estará com a saúde protegida e chances mínimas de agravamento da covid-19.

O estudo clínico realizado no Brasil contou com 12,4 mil profissionais de saúde voluntários em 16 centros de pesquisa.