Brasileiros que tomaram vacina de Oxford não tiveram reações graves

Estudo clínico foi pausado depois que um voluntário no Reino Unido relatou uma reação considerada grave

A vacina de Oxford em parceria com o laboratório AstraZeneca já foi aplicada em 5.000 brasileiros. Segundo informou a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), que está à frente dos testes, até agora nenhum voluntário teve reação indesejada. Muitos já receberam a segunda dose.

O testes com o imunizante, considerado um dos mais avançados do mundo, tiveram que ser interrompidos depois que um participante do Reino Unido apresentou efeitos adversos.

5 mil voluntários brasileiros não relataram nenhum efeito adverso grave
Créditos: Udom Pinyo/istock
5 mil voluntários brasileiros não relataram nenhum efeito adverso grave

Segundo a Unifesp, a pausa anunciada segue os padrões de segurança preconizados no protocolo do estudo da vacina de Oxford.  “Trata-se de uma prática comum em estudos clínicos envolvendo fármacos. O comitê de monitoramento de segurança do estudo analisa se o caso tem ou não relação com a vacina e assim que a análise for concluída, a fase 3 deve ser retomada”, informa a nota.

Essa terceira fase de testes em que se se encontra a vacina de Oxford é a mais criteriosa, a que se dedica a avaliar a segurança do imunizante. É também a última antes da aprovação.

O laboratório AstraZeneca informou que está trabalhando para “acelerar a revisão do evento único para minimizar qualquer impacto potencial no cronograma do teste”.


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O Ministério da Saúde, que fez um acordo com a AstraZeneca e abriu um crédito de R$ 1,9 bilhão para adquirir 100 milhões de doses da vacina e a tecnologia para produzi-la no país, informou que, com a pausa, não serão incluídos novos voluntários no estudo. Entretanto, aqueles já incluídos seguem em acompanhamento para avaliação da segurança e eficácia.

Essa não é a primeira pausa

A interrupção dos ensaios clínicos da vacina de Oxford não é um retrocesso, segundo o ministro britânico da Saúde, Matt Hancock. Ele também comentou que essa não é a primeira vez que isso acontece.

“Obviamente um desafio. Mas, na verdade, não é a primeira vez que isso acontece com a vacina de Oxford e é um processo normal em testes clínicos”, disse em entrevista ao canal Sky News.

Até agora, a pesquisa com a vacina britânica já incluiu aproximadamente 18 mil participantes, que seguem sendo acompanhados.