Casos de varíola do macaco são identificados em humanos no Reino Unido

O vírus causa erupção cutânea com bolhas, febre e sintomas semelhantes aos da gripe

O Reino Unido detectou duas pessoas com vírus da varíola do macaco, doença semelhante à varíola, porém mais branda. Os casos dessa doença são raros fora da África Central e Ocidental.

De acordo com autoridades de saúde britânicas, os dois pacientes são da mesma família, moram em North Wales e foram atendidos por um hospital na Inglaterra. Os casos são importados, mas não foi revelado em que país a dupla esteve.

A rara doença tropical, que causa sintomas semelhantes aos da gripe e bolhas na pele, é causada por um vírus transmitido por macacos, ratos, esquilos e outros pequenos mamíferos.

A transmissão de pessoa para pessoa pode acontecer por contato com fluidos corporais, lesões na pele ou nas superfícies da mucosa interna, como boca ou garganta, gotículas respiratórias e objetos contaminados.

Reino Unido registra dois casos de varíola do macaco
Créditos: Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos/Wikimedia Commons
Reino Unido registra dois casos de varíola do macaco

Varíola do macaco

A varíola dos macacos é uma zoonose, ou seja, uma doença transmitida de animais para humanos. Os casos são frequentemente encontrados perto de florestas tropicais, onde existem animais que carregam o vírus.

Embora a varíola tenha sido erradicada em 1980, a varíola dos macacos continua a ocorrer em países da África Central e Ocidental, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Ela provoca sintomas semelhantes, mas menos graves, à varíola.

O primeiro caso de varíola do macaco em humanos foi registrado em 1970 na República Democrática do Congo. Desde então, a doença tem se concentrado em países da África central e ocidental. Fora dessas regiões, só foi identificada até hoje nos Estados Unidos, Israel e Reino Unido.

A detecção da doença é feita a partir de teste laboratorial. As amostras podem ser colhidas da erupção – pele, fluido ou crostas, ou biópsia quando possível.