Cientistas desenvolvem teste que detecta câncer em 10 minutos

Procedimento barato mostra se o paciente tem células cancerígenas no corpo, mas não revela onde ou quão sério é

Teste que detecta câncer tem 90% de precisão
Créditos: vitanovski/istock
Teste que detecta câncer tem 90% de precisão

Cientistas australianos da Universidade de Queensland, na Austrália, desenvolveram um teste universal de câncer que pode detectar traços da doença na corrente sanguínea de um paciente. O exame revela a presença de células malignas em qualquer parte do corpo, e o resultado fica pronto em menos de 10 minutos.

Segundo os pesquisadores, o exame tem 90% de precisão, o que significa que ele detectaria cerca de 90 em 100 casos da doença. “Uma grande vantagem dessa técnica é que ela é muito barata e extremamente simples de ser feita, por isso pode ser adotada na clínica com bastante facilidade”, disse Laura Carrascosa, uma das autoras do estudo, ao The Guardian.

Como funciona?

A descoberta aconteceu depois que os cientistas fizeram experimentos em que as células foram dissolvidas em uma solução aquosa e também testadas quanto à afinidade com ouro. A equipe observou que o DNA do câncer e o DNA normal aderem a superfícies metálicas de maneiras diferentes.

Dessa forma, eles descobriram que, com uma simples amostra de sangue, é possível testar as células e descobrir se há essa alteração no DNA. A partir do resultado, cabe ao médico definir se exames mais detalhados serão necessários.

Teste analisa o DNA das células
Créditos: jxfzsy/istock
Teste analisa o DNA das células

Ainda em desenvolvimento, o teste deve revolucionar o campo da detecção de câncer e transformar o procedimento em um processo comum no cotidiano dos médicos.

Para detectar o câncer hoje, os médicos devem coletar uma biópsia de tecido do tumor suspeito de um paciente. O procedimento é invasivo e depende de o paciente perceber um nódulo ou de relatar sintomas que o médico reconheça como um possível sinal de câncer.

Os cientistas estão agora trabalhando para ensaios clínicos com pacientes que têm uma gama mais ampla de tipos de câncer do que eles testaram até agora.

Para a maioria das pessoas que desenvolvem câncer, as mutações genéticas acontecem ao longo da vida. Algumas pessoas herdam essa mutação de um dos pais. Mas também há uma série de hábitos e substâncias que as pesquisas indicam ter relação com o desenvolvimento da doença. Fumar é um dos hábitos mais conhecidos, mas há muitos outros que colocam a saúde em risco. Explicamos alguns na matéria abaixo. Confira: