Se você tem ou já teve um bebê em casa, certamente entrou em contato com as temidas cólicas, que acontecem nos primeiros meses. Normalmente, atribuímos às dores na barriguinha todo choro sem explicação, especialmente aquele estridente que vem no final da tarde. No entanto, alguns indícios sinalizam que o incômodo da criança pode ser mais um pedido de carinho do que sinal de desconforto, como descreveu Suelen Maistro, no blog Mãe Pop.

É muito comum que as pessoas tenham soluções mágicas para esse problema, como chás ou remedinhos. No entanto, é preciso lembrar que o sistema digestivo do bebê ainda está em formação nos primeiros meses de vida. Por isso, indica-se começar a introdução alimentar aos 6 meses e, antes disso, investir somente no leite materno, sem adição de água ou chás.

Colo e aconchego ajudam a amenizar as cólicas

Por outro lado, as cólicas do bebê muitas vezes são amenizadas quando se pratica a exterogestação, um conjunto de hábitos que ajudam a criança a reviver as sensações do útero da mãe. O sling e os carregadores são ferramentas que auxiliam nessa tarefa, permitindo que a mãe dê bastante colo ao seu bebê.

Para constatar isso, basta observar o comportamento de outras culturas. Por exemplo, de acordo com informações do livro “Our Babies, Ourselves” (Nossos bebês, nós mesmos), da antropóloga Meredith F. Small, um estudo na Coreia com 160 crianças concluiu que elas não tinham cólica nem picos de choro aos 2 meses. Mas o que essas mães fazem? Os bebês de um mês daquele país passam apenas 8,3% do dia sozinhos, enquanto os americanos ficam 67,5%.

Além disso, as mães coreanas carregam os bebês no colo duas vezes mais que as mães americanas. Elas também atendem o filho prontamente quando ele chora, ao contrário das americanas, que ignoram o chamado por um tempo. Portanto, o amor, nesse caso, atua com mais potência do que soluções milagrosas.

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