Entenda por que caso de grávida com câncer foi parar na Justiça
A paciente teria descoberto a doença e a gestação simultaneamente, ao passar por uma bateria de exames
O caso de uma grávida da cidade de Rio Verde, em Goiás, foi para na Justiça. O Ministério Público (MP-GO) solicita que o aborto seja autorizado para que ela consiga iniciar tratamentos de quimioterapia e radioterapia após ser diagnosticada com câncer no intestino.
A mulher está grávida de 3 meses e os tratamentos são considerados invasivos e prejudiciais ao feto, podendo provocar a morte e anomalias no bebê.
Como o tratamento é a única chance de vida para a paciente, os médicos orientaram o aborto. Só depois do procedimento, a mulher poderá iniciar a radio e a quimioterapia.
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Para o promotor Paulo de Tharso Brondi, o caso se enquadra no chamado “aborto terapêutico”, previsto no artigo 128 do Código Penal, no qual a retirada do feto é legalmente autorizada desde que seja imprescindível para salvar a vida da gestante.
A paciente teria descoberto a doença e a gestação simultaneamente, ao passar por uma bateria de exames depois de apresentar mau funcionamento do intestino.
Câncer de intestino
De acordo com Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de intestino abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso chamada cólon e no reto (final do intestino, imediatamente antes do ânus) e ânus. Também é conhecido como câncer de cólon e reto ou colorretal.
Esse tipo de câncer é tratável e, na maioria dos casos, curável, ao ser detectado precocemente, quando ainda não se espalhou para outros órgãos.
Sinais do câncer de intestino
- Sangue nas fezes
- Mudanças nos hábitos intestinais
- Perda de peso
- Cansaço e fraqueza
- Alteração na forma das fezes (fezes muito finas e compridas)
- Massa (tumoração) abdominal
- Dor ou desconforto abdominal
A detecção precoce, segundo o INCA, pode ser feita por meio de exames clínicos, laboratoriais, endoscópicos ou radiológicos.
Além do diagnóstico precoce, a Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza que os países realizem o rastreamento do câncer de cólon e reto em pessoas acima de 50 anos, por meio do exame de sangue oculto de fezes.