Ministério da Saúde anuncia que vai comprar a vacina chinesa

CoronaVac será incluída no calendário nacional de vacinação e será distribuída em todo o Brasil

O Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira, 20, que irá comprar a vacina chinesa contra a covid-19 desenvolvida pela Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, em São Paulo. Serão adquiridas 46 milhões de doses do imunizante, que começarão a ser distribuídas no primeiro semestre de 2021.

A Coronavac fará parte do Programa Nacional de Imunizações calendário nacional de imunização e será aplicada em todo o Brasil, segundo o ministro da pasta Eduardo Pazzuelo.

“Temos a expertise de todos os processos que envolvem esta logística, conquistada ao longo de 47 anos de PNI. As vacinas vão chegar aos brasileiros de todos os estados”, disse.

Se aprovada, vacina chinesa será distribuída em todo Brasil pelo programa nacional de vacinação
Créditos: divuglação/Governo do Estado de São Paulo
Se aprovada, vacina chinesa será distribuída em todo Brasil pelo programa nacional de vacinação

Vacina segura

A CoronaVac ainda está em testes no Brasil, porém, o primeiro resultado dos ensaios clínicos a  foram publicados nesta semana. A avaliação mostrou imunizante é seguro.

Dos 9 mil voluntários com idade entre 18 e 59 anos no país, apenas 35% deles tiveram reações adversas leves, como dor no local da aplicação ou dor de cabeça. Não houve qualquer registro de efeito colateral grave durante a testagem.

Essa avaliação, no entanto, não leva em consideração a eficácia do imunizante. Isso ainda está sendo analisado e o resultado do estudo será conhecido até o fim do ano. Depois disso, restará apenas a liberação de registro pela Anvisa para que comece a vacinação.

O desenvolvimento da vacina no Brasil foi iniciado em julho, por meio de parceria entre a biofarmacêutica Sinovac Life Science, com sede em Pequim, e o Instituto Butantan. O acordo prevê transferência de tecnologia para o Brasil, que começará a produzir as doses ainda este mês. As 46 milhões de doses da vacina estão previstas até dezembro deste ano.