Número de lesões cerebrais na NFL atinge menor nível da história; entenda o motivo
Redução de 17% em relação à temporada anterior evidencia o impacto das medidas adotadas para proteger os atletas de lesões cerebrais
A temporada de 2024 da NFL trouxe um marco positivo na luta contra as concussões: foram registrados 182 casos ao longo do ano, o menor número desde 2015, quando a liga começou a contabilizar oficialmente esses diagnósticos.
A redução de 17% em relação à temporada anterior evidencia o impacto das medidas adotadas para proteger os atletas de lesões cerebrais. O levantamento abrangeu tanto os jogos oficiais quanto os treinos de pré-temporada.
Entre as principais inovações, destacam-se os avanços no design dos capacetes e a adoção de novas tecnologias de proteção. Um dos grandes aliados nessa batalha foi o Guardian Cap, um acessório desenvolvido em 2010 que adiciona uma camada extra de amortecimento sobre o capacete tradicional, reduzindo a força dos impactos. Desde abril, a NFL autorizou oficialmente seu uso, reforçando o compromisso com a segurança dos jogadores.
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Outra mudança significativa foi a introdução do novo formato de kickoff dinâmico. A alteração gerou um aumento de 53% nos retornos de chute em comparação a 2023, mas, mais importante ainda, contribuiu para reduzir a velocidade média dos atletas nessas jogadas, minimizando o risco de colisões violentas.
Agora, apenas o kicker e dois retornadores podem se mover antes que a bola toque o solo ou seja recebida por um jogador, promovendo uma dinâmica mais segura dentro de campo.
Novas mudanças pela frente
O diretor médico da NFL, Allen Sills, ressaltou que os avanços alcançados impulsionam ainda mais as pesquisas para aprimorar a segurança dos jogadores. O objetivo é continuar desenvolvendo estratégias que reduzam a incidência de lesões cerebrais. Entre as possíveis novas regras em análise, destacam-se a proibição de tackles com queda de quadril e a manutenção das restrições contra contatos evitáveis com a cabeça.
“Os dados desta temporada demonstram um progresso real nos nossos esforços para reduzir concussões e outras lesões, especialmente nas extremidades inferiores, que também são áreas prioritárias para a NFL. Usaremos essas informações para refinar ainda mais nossas estratégias de prevenção”, afirmou Sills.
As concussões, causadas por impactos repetitivos na cabeça, são uma preocupação constante no futebol americano, pois podem levar a complicações graves, como a encefalopatia traumática crônica (ETC), uma condição neurodegenerativa progressiva.
Conscientização sobre os riscos no esporte
Embora o debate sobre segurança esportiva seja mais intenso na NFL, outras modalidades também estão atentas ao problema. Em setembro de 2023, a FIFA e a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançaram uma campanha global de conscientização sobre os riscos da concussão no futebol. O brasileiro David Luiz, então zagueiro do Flamengo, foi escolhido como porta-voz da iniciativa.
Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS, reforçou a necessidade de um debate amplo sobre o tema entre as autoridades médicas e esportivas: “A concussão é um problema de saúde pública que afeta todos os níveis do esporte. É essencial ampliar a conscientização e promover ações eficazes para reduzir esse risco”.
Com o futebol americano e outras modalidades dando passos concretos para minimizar os impactos das concussões, o futuro dos esportes de contato pode ser mais seguro para os atletas de todas as gerações.
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