O que explica a morte de Tarcísio Meira mesmo vacinado contra covid

O caso do ator não é isolado; entenda por que isso não reduz a importância das vacinas

Tarcísio Meira morreu nesta quinta-feira, 12, aos 85 anos em decorrência da covid-19. O ator estava internado junto com a esposa, a atriz Glória Menezes, de 86, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, desde o dia 6 de agosto.

Tarcísio, no entanto, teve um quadro mais grave da doença e precisou ser intubado e fazer diálise contínua para ajudar na função dos rins.

A morte dele aconteceu mesmo após ele ter tomado as duas doses da vacina contra a covid-19. Isso, no entanto, não reduz a importância das vacinas, nem quer dizer que elas não funcionem.

Tarcísio Meira, que já tinha se vacinado com duas as doses, morreu de covid-19
Créditos: João Miguel Junior/TV Globo
Tarcísio Meira, que já tinha se vacinado com duas as doses, morreu de covid-19

É preciso entender que nenhum imunizante já aprovado oferece 100% de proteção contra o coronavírus. Eles ajudam, sim, a reduzir as chances de hospitalizações e mortes. Isso, no entanto, não quer dizer que não possam acontecer.

O caso de Tarcísio Meira não é isolado. Uma pesquisa da Info Tracker, das universidades estaduais USP e Unesp, mostrou que cerca de 9.878 brasileiros que morreram por covid-19 no Brasil já tinham completado o esquema de vacinação, com duas doses ou com a aplicação da dose única da Janssen.

A pesquisa também apontou que os idosos são a maioria desses casos. A explicação para isso é que pessoas acima de dos 70 anos, no geral, têm uma imunidade mais frágil, que a vacina não consegue estimular o suficiente.

Tudo isso mostra que mesmo com a vacinação avançada no país, é preciso manter os cuidados, como a utilização e máscaras e distanciamento social, especialmente no caso de idosos.