OMS recomenda medicamento injetável para prevenir HIV

Droga de ação prolongada é considerada segura e altamente eficaz na proteção contra o vírus

A Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou diretrizes para recomendar o uso de um novo medicamento injetável de ação prolongada como forma de evitar a infecção pelo vírus HIV.

Chamado cabotegravir (CAB-LA), o remédio é considerado seguro e altamente eficaz em seu propósito e, por isso, a OMS pediu aos países que o considerem opção de profilaxia pré-exposição (PrEP) ao vírus para pessoas com risco substancial de infecção pelo HIV.

OMS recomenda uso de novo medicamento injetável para prevenir HIV
Créditos: reprodução/ONU
OMS recomenda uso de novo medicamento injetável para prevenir HIV

A droga ainda não é encontrada à venda, está disponível apenas para ambientes de estudo.

O diferencial do cabotegravir é que ele e injetável e de ação prolongada. Os medicamentos usados hoje para prevenir o HIV são de uso oral e precisam ser tomados todos os dias para ter efeito.

O CAB-LA é utilizado com as primeiras duas  injeções administradas com 4 semanas de intervalo, seguidas por uma injeção a cada 8 semanas.

Os ensaios clínicos descobriram que o uso de CAB-LA resultou em uma redução relativa de 79% no risco de HIV em comparação com a PrEP oral.

“Esperamos que essas novas diretrizes ajudem a acelerar os esforços dos países para começar a planejar e entregar o CAB-LA juntamente com outras opções de prevenção do HIV, incluindo a PrEP oral e o anel vaginal dapivirina”, disse a Dra. Meg Doherty, Diretora dos Programas Globais de HIV, Hepatite e Infecções Sexualmente Transmissíveis da OMS.

“Para atingir as metas de prevenção da ONU, devemos pressionar por um acesso rápido e equitativo a todas as ferramentas de prevenção eficazes, incluindo a PrEP de ação prolongada”, disse Rachel Baggaley, líder da equipe de testes, prevenção e populações dos programas globais de HIV, hepatite e IST em WHO. “Isso significa superar barreiras críticas em países de baixa e média renda, incluindo desafios e custos de implementação.”