SP amplia vacinação contra febre amarela para todo o Estado

Mudança ocorre após a morte de duas pessoas que foram contaminadas em Mairiporã

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo confirmou neste sábado, dia 6, a morte de duas pessoas por febre amarela silvestre na Grande São Paulo neste início de ano. Uma outra pessoa está internada no Hospital das Clínicas por causa da doença, em estado grave.

São Paulo está registrando casos de febre amarela, transmitida pelo Aedes aegypti
Créditos: Pixel_away/istock
São Paulo está registrando casos de febre amarela, transmitida pelo Aedes aegypti

Após as mortes, o governo decidiu ampliar a vacinação contra a doença para todo o Estado _ a imunização estava concentrada na Grande São Paulo. Em nota, a secretaria afirmou que a mudança de estratégia segue critérios “epidemiológicos, com a priorização de áreas com corredores ecológicos”. As informações são da “Folha” e da Agência Brasil.

Segundo a secretaria, as três pessoas teriam contraído a doença em Mairiporã. São os primeiros casos confirmados da doença em 2018 e os primeiros óbitos registrados na Grande São Paulo.

Desde o ano passado, já são 12 o número de mortes registradas no estado, ocorridas nas cidades de Américo Brasiliense, Amparo, Batatais, Monte Alegre do Sul, Santa Lucia, São João da Boa Vista, Itatiba e Mairiporã.

Balanço da secretaria informa que 27 casos autóctones (quando a doença é adquirida dentro do próprio município) de febre amarela silvestre foram confirmados no estado de São Paulo desde 2017. Não há casos de febre amarela urbana registrados no Brasil desde 1942.

Segundo o órgão, a vacina contra febre amarela é indicada para áreas de risco previamente definidas e, nessas áreas com recomendação, a cobertura vacinal é de aproximadamente 80% nos últimos dez anos.

“A imunização não está indicada para gestantes, mulheres amamentando crianças com até 6 meses e imunodeprimidos, como pacientes em tratamento quimioterápico, radioterápico ou com corticoides em doses elevadas (portadores de lúpus, por exemplo)”, informou a secretaria.

A vacina em dose concentrada (que vale para toda a vida) será oferecida apenas nas áreas de risco. Nas demais, a imunização será feita em dose fracionada, que tem validade de até nove anos.

Com relação às mortes ou adoecimento de primatas não humanos como macacos e bugios, a secretaria informou que entre julho de 2016 e dezembro de 2017 ocorreram 2.588 casos no estado, com 595 confirmações da doença. Como uma forma de evitar a contaminação a partir dos macacos, parques da capital estão sendo fechados.

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