Sputnik V terá pedido de uso emergencial no Brasil

Vacina usada na Rússia já começou a ser aplicada também na Argentina

A vacina russa Sputnik V terá o pedido de uso emergencial enviado para análise da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), segundo informou a farmacêutica brasileira União Química, uma das parceiras do Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF) para produção deste imunizante no país.

A intenção é começar a utilizar a vacina já em janeiro, assim que ela for autorizada. O uso emergencial seria feito juntamente com os testes da fase 3 no país que já está em análise da Anvisa.

Farmacêutica pedirá uso emergencial da Sputnik V no Brasil
Créditos: Inside Creative House/istock
Farmacêutica pedirá uso emergencial da Sputnik V no Brasil

A União Química também informou que deve começar a produzir a vacina no Brasil em janeiro. O governo do Paraná tem um acordo de parceria com a Rússia para ter o direito à transferência de tecnologia. A estimativa é produzir cerca de 8 milhões de doses por mês.

Aposta russa

Produzido pelo Instituto Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, ligado ao governo russo, o imunizante contra covid-19 foi aprovado em seu país de origem antes mesmo de iniciar os testes de fase 3, considerada a mais importante, por abranger um número maior de participantes.

Até o momento, apenas resultados das fases 1 e 2 da Sputnik V foram publicados em periódico científico. Sobre a última etapa do ensaio clínico, a fase 3, os russos informaram que o imunizante teve eficácia de 91,4%, porém não publicaram os detalhes do estudo em nenhum revista científica ainda.

A Sputnik V vem sendo usada desde 5 de dezembro nos cidadãos russos e, na última terça-feira, 29, começou a ser aplicada na Argentina por meio do programa nacional de vacinação em massa contra a covid-19.