Terapeuta corporal usa o movimento como medicamento para a cura do feminino

“O movimento é como o medicamento, a meditação e a metáfora. Juntos, descascam as camadas, as máscaras caem, e dançamos até desaparecer.”

Conheça a história da Prem Samit, dançaria e terapeuta corporal que usa seu amor para a cura do feminino.

Por Karine Rossi

Uma vez, um amigo me falou sobre uma bailarina internacional que teve um problema em seu corpo e não conseguiu mais dançar. Disse só isso. E mesmo sem saber o que havia acontecido, me envolvi. Achei poesia um corpo dançante não conseguir mais dançar. Triste, mas poético.

Fiquei atraída por essa mulher e entrei em sua rede no Facebook. Isso faz alguns anos, e durante esse tempo, tivemos várias oportunidades de nos conhecer pessoalmente. Mas não dava certo. Não era a hora.

Quando a #AMF nasceu eu pensei: “agora sim vou saber o que aconteceu com a Jana”. E não podia ter sido mais bonito, valeu a pena esperar. Fomos até o Centro Terapêutico que ela tem em Extrema/MG – um lugar muito alto, acima das nuvens – para vê-la conduzindo uma vivencia em grupo. Experiência potente. Eu já a idealizava uma mulher forte. E depois que conheci sua história e vi seu trabalho focado no encontro das pessoas com elas mesmas soube que minha intuição estava certa.

Quando a vivência terminou, Jana dançou especialmente para nós. Já era fim de tarde. A chuva ameaçou mas não veio e o sol deitou dourado no céu. Lá em cima daquela montanha sentimos uma conexão com as coisas da vida. Nosso encontro foi coreografado com movimentos belos, ritmados, sincronizados. Como uma dança mesmo… a dança dos acontecimentos. Dá prazer perceber o balé da existência. Certo estava Nietzsche quando disse “E que seja perdido o único dia em que não se dançou.”

Eu tinha três anos de idade quando comecei a dançar, em Belo Horizonte, onde morava. Estudei clássico, contemporâneo, flamenco, jazz, ballet moderno, e conforme crescia, queria mais tempo e espaço na dança. O acordo em casa era assim: se eu fosse aluna nota 10 poderia passar o dia no ballet. Então, é claro, eu era.

Dançar sempre foi minha paixão, minha casa, minha janela para o mundo, minha meditação, meu refúgio, meu elo de conexão com a vida. Me profissionalizei bem cedo, aos 12 anos. O primeiro musical que participei foi “Aldeia dos Ventos” de Oswaldo Montenegro, no Palácio das Artes.

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