Vacina chinesa CoronaVac mostra eficácia na fase 2 de testes

Voluntários que receberam as doses em um estudo na China não tiveram reações adversas indesejadas

A vacina chinesa CoronaVac, desenvolvida pela farmacêutica Sinovac Life Science em parceria com o Instituto Butantan, em São Paulo, se mostrou eficaz e segura na fase 2 de testes em humanos. O estudo, publicado na segunda-feira, 10, analisou o comportamento de 600 voluntários que receberam doses do imunizante na China.

Cada voluntário tomou duas doses, sendo que metade deles recebeu a vacina propriamente dita e a outra metade, um placebo, uma substância sem efeito algum. Esse método é utilizado para verificar posteriormente se quem tomou a vacina ficou de fato protegido em comparação a quem tomou o placebo.

Vacina chinesa CoronaVac mostra eficácia e segurança em testes da fase 2
Créditos: divuglação/Governo do Estado de São Paulo
Vacina chinesa CoronaVac mostra eficácia e segurança em testes da fase 2

De acordo com o estudo, não houve nenhuma reação adversa grave que tenha comprometido a segurança da vacina. Alguns voluntários tiveram apenas leve dor no local da aplicação.


#NessaQuarentenaEuVou – Dicas durante o isolamento:


Fase final de testes

A CoronaVac está, no momento, na terceira e última fase de testes em 12 centros de pesquisas do Brasil, antes de ser aprovada para vacinação em massa. Ao todo, 9 mil voluntários irão receber as doses.

Essa etapa vai conferir a produção de anticorpos e a segurança do imunizante em um número maior de pessoas. Caso a vacina seja aprovada será realizada a transferência de tecnologia para produção em escala e fornecimento gratuito pelo SUS.

Vacina coronaVac está em fase final de testes no Brasil
Créditos: divulgação/Instituto Butantan
Vacina coronaVac está em fase final de testes no Brasil

A vacina chinesa desenvolvida pela Sinovac Life Science é uma das mais promissoras do mundo porque utiliza tecnologia já conhecida e amplamente aplicada em outras vacinas.

O laboratório asiático já realizou testes em cerca de mil voluntários na China, nas fases 1 e 2. Antes, o modelo experimental aplicado em macacos apresentou resultados expressivos em termos de resposta imune contra o coronavírus.