Novo coronavírus: saiba como está a corrida para a criação da vacina

Cientistas americanos esperam ter uma vacina pronta para testar em humanos no início de junho

Por: Redação

Cientistas estão na corrida contra o tempo para desenvolver uma vacina contra o novo coronavírus, mas ela ainda pode levar meses para chegar ao mercado. De acordo com a BBC, um laboratório em San Diego, nos Estados Unidos, está usando um tipo relativamente novo de tecnologia de DNA para chegar ao antídoto.

A expectativa é que os testes em humanos comece no início de junho. Segundo o laboratório, se esses testes forem bem-sucedidos, serão realizados outros maiores até o final do ano, idealmente na China.

“Nossas vacinas são inovadoras porque usam sequências de DNA do vírus para atingir partes específicas do patógeno contra as quais acreditamos que o corpo terá a resposta mais forte”, disse o vice-presidente sênior de pesquisa e desenvolvimento do laboratório Inovio, Kate Broderick, em entrevista à BBC.

Produção na China

Na China, a expectativa é mais otimista. Segundo informações da agência de notícias estatal Xinhua, os pesquisadores anunciaram que serão necessários mais de 40 dias para produzir amostras da vacina e que elas serão enviadas para testes e fornecidas aos centros médicos “o mais rápido possível”.

O trabalho envolve o Hospital Oriental de Xangai, parte da Universidade de Tongji e a empresa de biotecnologia de Xangai, Stemirna Therapeutics.

Para o renomado epidemiologista chinês Li Lanjuan, no entanto, levará pelo menos três meses para provar a eficiência de uma vacina para o novo coronavírus.

Cientistas americanos esperam testar vacina contra o novo coronavírus em junho
Créditos: SaevichMikalai/istock
Cientistas americanos esperam testar vacina contra o novo coronavírus em junho

As pesquisas por uma vacina contra o novo coronavírus começaram após o governo da China compartilhar a composição genética do vírus. A partir disso, os cientistas usaram as sequências do DNA do vírus para atingir partes específicas do patógeno.

Na época do surto de SARS, em 2003, os pesquisadores levaram cerca de 20 meses a partir da liberação do genoma viral para preparar uma vacina para testes em humanos. Quando a epidemia causada pelo vírus Zika ocorreu em 2015, os pesquisadores haviam reduzido o cronograma para seis meses. Agora, eles esperam que os esforços conjuntos reduza ainda mais esse tempo.

O novo coronavírus faz parte de uma ampla família de vírus que pode causar desde um resfriado comum até problemas respiratórios que levam à morte.

Sintomas do novo coronavírus

Há registros de casos assintomáticos. Mas a maior parte dos casos apresenta infecções das vias aéreas superiores (semelhante ao resfriado). Em casos mais graves, pneumonia e insuficiência respiratória aguda. Crianças, idosos e pacientes com baixa imunidade podem apresentar manifestações mais graves.

Tratamento

Não há um medicamento específico para tratar o novo coronavírus. Indica-se repouso e ingestão de líquidos, além de medidas para aliviar os sintomas, como analgésicos e antitérmicos. Nos casos de maior gravidade com pneumonia e insuficiência respiratória, suplemento de oxigênio e mesmo ventilação mecânica podem ser necessários.

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