Variante de Manaus chega ao Reino Unido e deixa 6 pessoas infectadas

Cepa brasileira é mais contagiosa e há preocupação de que seja mais resistente a vacinas

Autoridades de saúde do Reino Unido informaram que seis cidadãos ingleses foram infectados com a variante brasileira, inicialmente identificada em Manaus.

Três casos foram registrados na Escócia e três, na Inglaterra. Dois dos casos na Inglaterra são de uma família em South Gloucestershire com histórico de viagens ao Brasil. O terceiro caso, no entanto, não está vinculado à viagem.

 Variante brasileira é detectada em seis pessoas no Reino Unido
Créditos: Tempura/istock
 Variante brasileira é detectada em seis pessoas no Reino Unido

Os casos em South Gloucestershire, no sudeste da Inglaterra, foram rapidamente acompanhados por uma equipe da Public Health England, e seus contatos foram identificados e testados, segundo o governo. Todos os passageiros do mesmo voo – LX318 da Swiss Air de São Paulo, via Zurique, para o aeroporto de Heathrow em Londres, no dia 10 de fevereiro – também estavam sendo rastreados por autoridades.

Como medida de prevenção, testes estão sendo intensificados na área de South Gloucestershire, mesmo em pessoas assintomáticas. Também estão realizando mais sequenciamento de amostras positivas nessa área.

Variante de Manaus

A nova variante brasileira apelidada de P.1 preocupa especialistas em saúde em todo o mundo porque essa cepa seria mais contagiosa. A P1 possui 13 mutações, sendo 10 na proteína Spike, que tem o papel de entrar nas células humanas.

Também existem preocupações de que as vacinas contra o novo coronavírus sejam menos eficazes contra essa variante; embora ainda não haja estudos conclusivos sobre isso.

Essa cepa foi identificada pela primeira vez no início de janeiro, em Manaus, e está ligada ao aumento do número de casos no estado do Amazonas e também em Araraquara, no interior de São Paulo.

No Brasil, além do Amazonas e São Paulo, ela também já foi identificada no Ceará, Espírito Santo, Pará, Paraíba, Piauí, Rio de Janeiro, Roraima e Santa Catarina, de acordo com o Ministério da Saúde.