Variante delta já representa 91% dos casos de covid-19 em São Paulo

Capital paulista já contabiliza 1.921 casos da linhagem desde sua chegada na cidade, em julho

A variante Delta, a mais transmissível do novo coronavírus, circula livremente na cidade de São Paulo. Segundo a prefeitura, a linhagem já corresponde a 91,9% das amostras analisadas na capital paulista.

Na semana passada, esse rastreamento mostrava que a variante correspondia a 70% das amostras analisadas.

O estudo foi feito por meio de uma parceria entre a Prefeitura de São Paulo, o Instituto Butantan, o Instituto de Medicina Tropical da USP (Universidade de São Paulo) e o Adolfo Lutz.

De acordo com a análise, foram registados 629 novos casos para a variante Delta (linhagem B.1.617.2 e sublinhagens AY) na cidade de São Paulo. Com isso, a cidade contabiliza 1.921 casos desde a chegada da variante, em julho.

Variante Delta já corresponde a 91,9% das amostras analisadas na capital paulista
Créditos: tomap49/istock
Variante Delta já corresponde a 91,9% das amostras analisadas na capital paulista

Entre as amostras em que foi possível identificar a linhagem, 91,9% são da variante Delta e 7,8, da Gama, inicialmente denominada P1, que teve origem em Manaus.

Segundo a prefeitura, apesar da presença da variante na cidade, o número de casos não apresentou curva de crescimento significativo.

O que se sabe sobre a variante Delta

Identificada pela primeira vez na Índia, em outubro de 2020, a variante Delta (B.1 617.2, antes também chamada de variante indiana), é considerada uma variante de preocupação por ser mais transmissível do que as anteriores e que a cepa original do vírus descoberta na China.

Estudos indicam que essa linhagem é mais transmissível que os vírus que causam o Ebola, resfriado comum, gripe sazonal e varíola. Além disso, é tão contagiosa quanto a catapora.

Sintomas da variante Delta

Na maioria dos casos, a variante Delta provoca sintomas de um resfriado comum, como dores de cabeça, de garganta, coriza e febre. Mas também podem causar sintomas da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

É importante lembrar que nem sempre as pessoas  apresentam sintomas, mas mesmo sendo assintomáticas passam o vírus para frente.