Vírus da zika pode ser arma poderosa contra o câncer de próstata

Estudo realizado no Brasil mostrou que vírus é capaz de reduzir em até 50% a proliferação das células cancerígenas

Um novo estudo feito por pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e publicado na Scientific Reports concluiu que o vírus da zika pode inibir a proliferação de células do câncer de próstata. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A pesquisa apoiada pela Fapesp realizou experimentos com uma linhagem viral obtida a partir de amostras isoladas de um paciente infectado no Ceará. Depois de cultivado em laboratório, o vírus foi aquecido a uma temperatura de 56º C durante uma hora para que o seu potencial de causar uma infecção fosse inibido.

O vírus zika foi o responsável pelo nascimento de bebês com microcefalia
Créditos: nopparit/istock
O vírus zika foi o responsável pelo nascimento de bebês com microcefalia

Depois disso, eles colocaram o vírus em contato com uma cultura de células tumorais e dois dias depois colheram os resultados. Foi observado que a linhagem que ficou em contato com o vírus inativado apresentou um crescimento 50% menor das células cancerígenas.

Essa não é a primeira vez que esse grupo de cientistas observa o potencial positivo do vírus da zika contra o câncer. Um estudo anterior já havia mostrado que o patógeno era eficaz no combate a tumores no cérebro.

O próximo passo da pesquisa vai se concentrar na realização de testes em animais. Se os resultados forem positivos, os pesquisadores tentarão parceria para iniciar os ensaios clínicos.

Câncer de próstata

O câncer de próstata é o segundo mais incidente entre os homens no Brasil, ficando atrás apenas do de pele não melanoma.

Nos estágios iniciais, a doença não apresenta nenhum sinal ou sintoma, daí a importância do check-up preventivo anual a partir dos 50 anos. Homens negros ou com histórico familiar da doença devem começar a prevenção antes, aos 45 anos.

Quais são os exames recomendados?

Recomenda-se a dosagem anual de PSA total e livre, e associado ao exame físico que inclui o toque de próstata. Este exame de toque retal que ainda encontra alguma resistência cultural é necessário porque alguns tipos raros de câncer de próstata têm a característica de não alterar o exame de PSA, mas podem ser detectado em estágio inicial já com o toque retal.

Saiba mais sobre prevenção e tratamento no link abaixo: