Masp e Instituto Tomie Ohtake recebem ‘Histórias Afro-Atlânticas’

Megaexposição reúne mais de 400 obras, de 210 artistas nacionais e internacionais, cobrindo cinco séculos de arte

Até 21 de outubro de 2018

Domingo - Terça - Quarta - Quinta - Sexta - Sábado

No Masp, de terça-feira a domingo, das 10h às 18h, e às quintas, das 10h às 20h. No Instituto Tomie Ohtake, de terça a domingo, das 11h às 20h.

Recursos de acessibilidade para pessoas com deficiência não informados pelo próprio organizador do evento

No Instituto Tomie Ohtake a visitação é grátis. No Masp, os ingressos custam R$35 (inteira) e R$17 (meia-entrada), exceto às terças, quando a entrada é grátis.

Consideradas duas das principais instituições culturais da cidade, o Masp – Museu de Arte de São Paulo e o Instituto Tomie Ohtake uniram-se para realizar a megaexposição “Histórias Afro-Atlânticas”, que exibe mais de 400 obras, de 210 artistas nacionais e internacionais, sobre os “fluxos e refluxos” da escravidão dos povos atlânticos – termo derivado do fotógrafo Pierre Verger.

A mostra ocupa duas salas do Instituto Tomie Ohtake (localizado na rua Coropés, 88, Pinheiros), entre 1º de julho e 21 de outubro, com visitação de terça-feira a domingo, das 11h às 20h, e entrada Catraca Livre. Já no Masp (localizado na avenida Paulista,1578, Bela Vista), a exposição ocupa todos os espaços expositivos temporários entre 29 de junho e 21 de outubro, com visitação de terça a domingo, das 10h às 18h, e às quintas, das 10h às 20h, e ingressos vendidos por até R$35 (exceto às terças, quando a entrada é gratuita).

Com curadoria de Adriano Pedrosa, Lilia Schwarcz, Ayrson Heráclito, Hélio Menezes e Tomás Toledo (curador assistente), a megaexposição cobre cinco séculos de história da arte africana, europeia, latino-americana, norte-americana e caribenha, com artistas de diferentes estéticas e escolas.

As obras incluem pinturas, desenhos, esculturas, filmes, vídeos, instalações, fotografias, documentos e publicações de arte. Esses materiais vêm não só do acervo do Masp e outras instituições brasileiras, mas de empréstimos em vários museus, com destaque para Metropolitan Museum (EUA), National Gallery of Art (EUA), Victoria and Albert Museum (Inglaterra), Museo Nacional de Bellas Artes de La Habana (Cuba), National Gallery of Jamaica (Jamaica), Musée du quai Branly (França), National Gallery of Denmark (Dinamarca), entre outros.

Alguns artistas em destaques são Emiliano Di Cavalcanti, Cândido Portinari, Paul Cézanne, Arthur Bispo do Rosário, Pierre Verger, Abdias do Nascimento, Cícero Dias, Jacob Lawrence, Jaime Lauriano, Jean-Baptiste Debret, Andy Warhol, Joshua Reynolds, Kara Walker, Loïs Mailou Jones, Emory Douglas, Ernest Mancoba, Faith Ringgold, Frans Post, Gerard Sekoto, Rubem Valentim, Sıdney Amaral, Titus Kaphar, Toyin Odutola, Uche Okeke e Wilfredo Lam.

A exposição inédita surgiu como desdobramento da mostra “Histórias Mestiças”, realizada pelo Instituto Tomie Ohtake em 2014, com curadoria de Adriano Pedrosa e Lilia Schwarcz.

Outra motivação para a mostra é a História do próprio Brasil, que completou 130 anos da abolição da escravidão em maio deste ano. O país foi o último a acabar com a escravidão e recebeu 46% dos africanos escravizados ao longo de 300 anos.

Núcleos temáticos

As mais de 400 obras da mostra estão organizadas a partir de vários núcleos temáticos, que podem ser visitados em qualquer ordem, sem qualquer recomendação.

No Instituto Tomie Ohtake, o visitante encontra os núcleos “Emancipações”, que mostra como a certeza da sonhada liberdade manteve-se firme mesmo durante toda a escravidão; e “Ativismos e Resistências”, com obras sobre a resistência à dominação, as lutas por direitos civis, o combate ao racismo e as contra narrativas de empoderamento e formação de espaços de sociabilidade negra.

Já o Masp tem os núcleos “Mapas e Margens”, sobre o trânsito entre a África, as Américas e o Caribe; “Cotidianos”, sobre a vida em diferentes contextos históricos antes e depois da escravidão; “Ritos e Ritos”, sobre as várias manifestações com influência da matriz africana (samba, carnaval, merengue, religiões, etc); “Retratos”, com representações de negros e negras em diferentes períodos históricos; “Modernismos Afro-Atlânticos”, com obras de artistas modernistas africanos, brasileiros, cubanos e norte-americanos; e “Rotas e Transes: África, Jamaica, Bahia”, com os temas transe, religiões, rastafari, hipismo e psicodelismo.

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