O cinema dos anos 50 no Sesc Interlagos

Mostra de filmes contempla a produção cinematográfica do período

divulgação
Obra de Lima Barreto, "O Cangaceiro" é uma das maiores produções nacionais até hoje
Obra de Lima Barreto, "O Cangaceiro" é uma das maiores produções nacionais até hoje

Antes da chegada do “Cinema Novo”, que revolucionou a maneira de produzir filmes no país, a Sétima Arte já tinha representantes de peso. Foi o período de efervescência da Companhia Vera Cruz .

Para contemplar a produção cinematográfica brasileira do período, o Sesc Interlagos traz a “Retrospectiva de Cinema Brasileiro – Anos 50”.

Com títulos emblemáticos, as exibições acontecem de 6 a 18 de novembro, às terças, sextas e domingos, das 13h30 às 15h30. A entrada custa R$ 7.

Entre os clássicos nacionais, está “O Cangaceiro”, de Lima Barreto, vencedor dos prêmios de melhor filme e melhor trilha sonora no Festival Internacional de Cannes, ficou em cartaz por cinco anos na França.

Confira abaixo a programação completa por dia:

Dia 6

Às 13h30
Amei um Bicheiro (1952, 88´. Dir.:
Jorge Ileli e Paulo Wanderley. Livre).

Jovem ambicioso chega ao Rio de Janeiro, onde se envolve com o jogo do bicho. Depois de um tempo na cadeia, resolve mudar de vida, mas sua esposa adoece e ele é obrigado a voltar ao mundo do jogo.

Às 15h30
Nem Sansão, Nem Dalila (1954, 89´. Dir.:
Direção: Carlos Manga. Livre).

Humilde barbeiro é transportado por uma máquina do tempo para uma “época antes de Cristo”, e se torna o poderoso Sansão, cercado de manobras dos políticos locais que procuram roubar suas forças, usando os encantos da sedutora Dalila.

Dia 15

Às 13h30
O Homem do Sputnik (1959, 98´. Dir.: Carlos Manga. Livre).

Estrelado pelo comediante Oscarito, o filme conta as mudanças sofridas por um casal de criadores de galinhas depois que um satélite artificial, muito parecido com o russo Sputnik, cai no galinheiro de sua casa. Para ganhar um trocado, o homem tenta penhorar o objeto. O fato repercute muito, chamando a atenção de espiões e de líderes russos, norte-americanos e franceses, que mandam missões especiais ao Brasil para recuperar o satélite.

Às 15h30
Estranho Encontro (1958, 86´. Direção: Walter Hugo Khouri. 12 anos).

Em viagem para a casa de campo de sua noiva, um rapaz vê, na estrada, uma moça cambaleando. Ele a leva consigo e a esconde, descobrindo que ela fugia do companheiro que a maltratava. Os dois se apaixonam, mas o caseiro informa a localização da moça ao ex-amante, que vem se vingar.

Dia 18

Às 13h30
O Batedor de Carteiras (1958, 84´. Dir.: Aloisio T. de Carvalho. 12 anos).

Malandro carioca que atua na Central do Brasil começa a namorar uma moça recém-chegada ao Rio de Janeiro. Ela é contratada para trabalhar na residência de uma senhora rica, sem saber que o malandro e seus comparsas planejam assaltar a casa. Teatro.

Às 15h30
O Cangaceiro (1953, 93´. Dir.: Lima Barreto. 14 anos).

Misto de ação, romance e musical, conta a história de dois cangaceiros, Gaudino e Teodoro, que entram em conflito por causa de Maria Clódia, professora sequestrada pelo bando. Um deles, apaixonado, quer libertá-la. Enquanto isso, moradores dos vilarejos se organizam para conter os saques do cangaço. Primeiro filme brasileiro a receber grandes prêmios internacionais: melhor filme de aventura e menção honrosa para trilha sonora, no Festival de Cannes.

Por Redação