Rocky Spirit exibe filmes de graça e ao ar livre no Villa-Lobos

Nos dias 12 e 13 de agosto, o Parque Villa Lobos recebe um dos maiores festivais de cinema ao ar livre do Brasil. O Rocky Spirit tem entrada Catraca Livre e exibe filmes dedicados aos cinéfilos que adoram adrenalina, apresentando documentários de aventura nacionais e internacionais, destaques da atualidade.

O festival tem início às 17h com shows e, na sequência, uma sessão de cinema às 19h e outra às 21h. No sábado, a banda O Bardo e o Banjo tomam conta do palco e, no domingo, o som fica por conta da banda Serial Funkers.

A partir do cinema, o Rocky Spirit incentiva a vida mais conectada com a natureza, inspirado no Telluride Mountainfilm Festival, prestigiado festival de filmes de aventura dos Estados Unidos

Mountain bike, surf, escalada, meio ambiente e vida ao ar livre são alguns dos temas das produções que marcam presença no festival. Ao final da programação, uma comissão de jurados e o público elegem os melhores filmes da edição deste ano.

Confira as produções que invadem o Rocky Spirit:

  • “Adventures of a Hobo Clown King” (As Aventuras de um Rei Vagabundo)
    Direção: Jeff Seal (EUA, 2016)

“Eu realmente não quero que este filme encoraje alguém a tentar isso”, diz o diretor Jeff Seal, personagem principal do próprio filme sobre suas várias tentativas frustradas de pegar carona clandestinamente em trens de carga de Nova York.

  • “A Obra da Minha Vida”
    Direção: Guilherme Ribeiro (Brasil, 2016)

Neste documentário, o skatista Anselmo Arruda apresenta a Caverna House, um projeto em que ele transformou suas memórias em picos de skate dentro da própria casa. “Derrubando paredes, fazendo fogo para iluminar a casa agora vazia. Sem pessoas, sem móveis e horários, apenas possibilidades de skateboard. Memórias que viraram cinzas e transições, explorando a solidão e espaços vazios.”

  • “Ascend” (Subir)
    Direção: Simon Perkins (EUA, 2017)

Depois de ser diagnosticado com um raro tipo de câncer, Jon Wilson teve sua perna esquerda totalmente amputada. A perda de um membro conseguiu parar a doença, mas não impediu Jon de continuar curtindo seu passatempo favorito: mountain bike. Este filme celebra o espírito indomável que faz com que Jon continue zunindo pelos singletracks. “Se eu não pedalar, perco a cabeça. Preciso encontrar esse lugar espiritual nas trilhas”, diz Jon. “A resposta simples é que isso me traz alegria.”

  • “Bike 500 km Jalapão”
    Direção: Edinho Ramon (Brasil, 2017)

Cada descoberta no Jalapão oferece uma experiência melhor que a anterior. Experimentar de bicicleta as duras estradas de terra, as trilhas quase inexploradas e os longos trechos de areia fofa, de forma autônoma e autossuficiente, é uma aventura e tanto. Neste filme, Edinho Ramon, Bia Carvalho e Rodrigo Leão percorrem juntos mais de 500 km pelo Jalapão. O caminho duro, as altas temperaturas e o longo tempo em conexão com a natureza são alguns dos ingredientes dessa trip no melhor estilo bikepacking.

Cena do filme “Bike 500 km Jalapão”
Créditos: Edinho Ramon
Cena do filme “Bike 500 km Jalapão”
  • “Bruhwiler Country” (O País dos Bruhwiler)
    Direção: Keith Malloy (EUA, 2017)

Poucos conhecem as áreas selvagens e as ondas da Colúmbia Britânica como o surfista professional canadense Raph Bruhwiler. Criado nas densas florestas da ilha de Vancouver, Raph vem usando seu profundo conhecimento da região para estender as fronteiras do surf e inspirar uma nova geração a buscar suas próprias aventuras.

  • “Chocolate Spokes” (Raios de Chocolate)
    Direção: Brendan Leonard (EUA, 2017)

“Você não está investindo em uma bike; está investindo em um relacionamento.” Assim diz Gregory Crichlow, o estiloso dono da bike shop Chocolate Spokes, em Denver (EUA). Ter criado uma relação com os moradores da região é algo que dá orgulho a Gregory. “Assim que você descobre a bike, suas fronteiras se expandem porque você pode ir mais longe.” Consertando pneus furados e construindo bikes customizadas, Gregory ajudou o bairro de Five Points, onde fica a loja, a ir além do que qualquer um acreditava ser possível.

  • “Dan Atherton”
    Direção: Dan Atherton (Inglaterra, 2016)

Dropar as trilhas das encostas íngremes do norte do País de Gales é um downhill como nenhum outro, com florestas densas, drops gigantes, trágicas consequências e desafios técnicos insanos. Neste filme, Dan Atherton encara tudo isso – e te leva junto.

  • “Danny MacAskill’s Wee Day Out” (O Passeio de Danny MacAskill)
    Direção: Stu Thomson (Escócia, 2016)

Apitos de trem, animais de fazenda, colinas verdes, bolas de feno e as manobras de bike mais audaciosas que você já viu. Apenas mais um dia de passeio em que o fenômeno Danny MacAskill desafia as leis da física.

  • “Dawn to Dusk” (Do Amanhecer ao Entardecer)
    Direção: Scott Hardesty (EUA, 2017)

Qualquer coisa que combine uma homenagem ao cultuado filme “O Grande Lebowsky” com skate longboard malignamente veloz é legal pra gente. Muito legal.

  • “Denali’s Raven” (O Corvo do Denali)
    Direção: Renan Ozturk (EUA, 2016)

Como um corvo, Leighan Falley plana sobre os glaciares e picos das montanhas do Alasca com sua filha Skye no banco de trás de seu pequeno monomotor. Unindo seu desejo de ver mais das dramáticas paisagens da região com a necessidade de completar sua remuneração como guia de montanha, Leighan agora trabalha como piloto comercial. Ela descende de uma longa linhagem de aviadores e encontra inspiração trabalhando com outras mulheres em grandes montanhas. “Denali’s Raven” oferece um olhar sobre a vida de uma piloto, esquiadora, alpinista e mãe do Alasca.

  • “Ditch the Van” (Abandone a Van)
    Direção: Mallory Cunningham, Kyle Romanek (EUA, 2017)

O celista, cantor, compositor e ativista político norte-americano Ben Sollee passou muito tempo em turnês alucinadas, voando e dirigindo por todo seu país. Ele estava estressado e isso estava afetando sua saúde. Então Ben comprou uma bike cargueira, amarrou nela seu violoncelo e saiu em uma viagem de cinco anos e 8 mil quilômetros. Sua turnê Ditch the Van (“abandone a van”) teve perrengues, como rodas quebradas, tornados e motoristas não amistosos, e levou o dobro do tempo, rendendo metade da grana de uma turnê “tradicional”. Mas ela também ofereceu experiências cheias de significado e um ritmo mais humano neste mundo frenético.

  • “Guilt Trip” (A Viagem da Culpa)
    Direção: Anthony Bonello, Mike Douglas (Canadá, 2016)

Se você está determinado a escalar e esquiar o Monte Forel, o segundo mais alto na Groenlândia, saber que a sua expedição depende de viagens aéreas e portanto vai jogar toneladas de carbono na atmosfera pode te trazer alguma culpa. E, para mitigar esse sentimento, talvez você queira convidar um famoso climatologista para realizar pesquisas científicas no local. Isso torna o filme “Guilt Trip” um pacote perfeito para o Rocky Spirit, oferecendo doses de adrenalina e de êxtase frente às belezas naturais do lugar, sem deixar de lado a realidade da mudança climática.

  • “Ice Call” (O Chamado do Gelo)
    Direção: Antoine Frioux (França, 2016)

No glaciar Mer de Glace, no Mont-Blanc (França), o freerider Sam Favret explora suas habilidades em uma paisagem surreal de canais, cavernas, túneis e paredes congeladas, dando um novo significado a esquiar no gelo.

  • “Iran: A Skier’s Journey” (Irã: A Jornada de um Esquiador)
    Direção: Jordan Manley (Canadá, 2016)

Eles foram avisados para não irem ao Irã. Muito perigoso, muito restritivo, muito desconhecido, disseram. Mas os esquiadores Chad Sayers e Forrest Coots foram assim mesmo. O que encontraram por lá: mercados efervescentes, mesquitas ricamente adornadas, casas de banho cheias de vapor, montanhas com neve virgem e pequenas amostras de uma rica cultura de esqui. Este poético filme de Jordan Manley é uma meditação sobre um país complexo, que pode ser tanto acolhedor como impenetrável.

  • “Johanna Under the Ice” (Johanna Sob o Gelo)
    Direção: Ian Derry (Finlândia, 2016)

A finlandesa Johanna Norblad é recordista mundial no pouco conhecido esporte do mergulho livre sob o gelo. O diretor inglês Ian Derry captura um dos mergulhos de Johanna neste congelante poema visual, que vai te deixar com vontade de colocar uma blusa mais quentinha.

  • “John Shocklee: A Fairy Tale” (John Shocklee: Um Conto de Fadas)
    Direção: Ryan Heffernan, Grayson Schaffer (EUA, 2017)

Ele viveu na casa dos pais até os 26 anos, aceitou um trabalho que lhe pagava um salário mínimo quando tinha 39, e aos 52 ainda não conseguiu o que a sociedade descreveria como um bom emprego. Mas recusar-se a virar adulto tem dado certo para John Schocklee, que divide seu tempo trabalhando como guia de esqui em uma das montanhas mais badaladas do Colorado (EUA) e remando barcos em descidas pelo Grand Canyon. Ele mora em uma casa minúscula, usa sandálias o ano inteiro e não ganha muita grana (e nem quer). Este filme mergulha na fonte de juventude de John. Dica: ela envolve montanhas, neve e hip hop dos anos 1990.

  • “Lebanon: The Refugee Surfer” (Líbano: O Surfista Refugiado)
    Direção: Dalal Mouawad, Houssam Hariri (Líbano, 2017)

Há cerca de um milhão de refugiados sírios vivendo no Líbano. E, apesar de haver registros de tensão entre as comunidades libanesas e os refugiados, muitos libaneses apoiam os imigrantes. O garoto Ali, um refugiado de Aleppo, tinha 14 anos quando se deparou com um grupo de surfistas libaneses se divertindo nas ondas do litoral. Mesmo sem nunca ter visto o mar antes, Ali quis surfar, e esse grupo de surfistas libaneses ajudou a tornar o sonho realidade.

  • “Lunag Ri” 
    Direção: Joachim Hellinger (EUA, 2016)

Filho de um nepalês que trabalhara na juventude como guia de trekking, o escalador austríaco David Lama nunca se sentiu muito atraído pela terra natal de seu pai. Quinze anos depois de sua última visita ao Nepal, David embarca em uma jornada para chegar ao cume virgem do Lunag Ri, de 7.553 metros, com um parceiro improvável: o montanhista norte-americano Conrad Anker. Apesar da diferença de idade de 27 anos, os dois formam uma dupla eficiente e conseguem grandes avanços na montanha. Depois de ter que encarar uma decisão difícil no dia do ataque ao cume, David passa a apreciar sua conexão com sua família nepalesa e percebe que seus genes talvez influenciem, sim, sua vida como escalador.

  • “My Irnik” (Meu Filho)
    Direção: François Lebeau , Matthew Hood (Canadá, 2017)

No Ártico canadense, na remota comunidade de Kuujjuaq, um jovem casal cria seu irnik (filho) buscando aventuras compartilhadas e conexão com a terra, aprendendo com o ambiente e experimentando tudo o que diz respeito ao extremo Norte – a crua escuridão do inverno, os descongelamentos da primavera, a sopa de foca do verão e as caçadas do outono. “My Irnik” fala sobre linhagens de família, cultura ancestral, a transferência de conhecimento através das gerações e o caminho de cada um em busca de suas próprias paisagens de sonho.

  • “Return to the Ditch Tandem” (A Volta à Vala)
    Direção: Rush Sturges, Ben Marr (Canadá, 2017)

Há dois anos, os canoístas Rush Sturges e Ben Marr levaram seus caiaques para uma louca descida por uma vala de concreto. Neste filme, eles retornam ao local, porém começando a aventura em um ponto mais alto e usando uma nova arma: um caiaque duplo.

  • “Safety Third” (Segurança em Terceiro Lugar)
    Direção: Cedar Wright (EUA, 2017)

“Há uma tênue divisão entre ser corajoso e ser idiota. E acho que Brad oscila entre ambos os lados dessa linha.” Essas são as palavras que o diretor e escalador Cedar Wright usa para descrever o protagonista de seu novo filme. Trata-se de Brad Gobright, 27 anos, que trabalha como garçom em um restaurante, largou a escolar e vive para escalar. A dieta de Brad consiste de bolinhos açucarados, restos de comida do restaurante e qualquer outro tipo de junk food. Acontece que Brad é um dos melhores e mais destemidos atletas de free climb (escalada sem qualquer tipo de equipamento de proteção) do mundo – e um cara de quem quase ninguém ouviu falar.

  • “Sangue latino”
    Direção: Gabriel Tarso (Brasil, 2017)

Em agosto de 2016, uma forte equipe de escaladores aportou aos pés de uma das maiores e mais verticais paredes de rocha do Brasil, a Pedra Baiana, na cidade de Nova Belém, MG. Primeiramente, pediram a Deus que ela fosse bem difícil, mas depois de uma semana encontrando dificuldades extremas, começaram a rezar para que o final fosse mais fácil. O resultado foi 800 metros de parede, 10 dias ininterruptos de conquista, calor, frio, marimbondos, pernoites em um buraco no meio da montanha e finalmente uma noite alucinante no topo da Baiana. O nome Sangue Latino é uma homenagem ao grande esforço da equipe para atingir seu objetivo de abrir provavelmente a via de grandes paredes mais dura do Brasil.

  • “Such a Long Time” (Um Longo Tempo)
    Direção: Josh Rufford (Austrália, 2016)

Uma aventura em animação sobre uma dupla de amigos improváveis em busca de boas ondas e diversão.

  • “The Hard Way” (Do Jeito Difícil)
    Direção: Jeremy Lurgio, Erik Petersen (EUA, 2016)

O corredor norte-americano Bob Hayes racha a própria lenha, faz reparos em seu celeiro e nas cercas de sua fazenda, carrega feno para suas vacas e participa de mais de 30 corridas todo ano. Nenhum desses feitos seria excepcionalmente inspirador, se Bob não tivesse nascido em 1926 e começado a correr com 60 anos. Por insistência dos filhos, ele fez uma prova de 5 km e foi fisgado pelo esporte. Hoje Bob é um respeitado nome da comunidade de corredores de seu Estado natal, e famoso por sua raça e motivação. “The Hard Way” mostra que idade é apenas um número e que a melhor prova é sempre a próxima.

  • “Through the Wind” (Através do Vento)
    Direção: Karina Oliani (Brasil, 2017)

Após conquistar o cume do Everest em 2013, Karina Oliani e seu companheiro de escalada Pemba Sherpa começam a desenvolver projetos para ajudar a comunidade sherpa. Depois do terremoto que devastou o Nepal em 2015, Karina se uniu ao fotógrafo Andrei Polessi para a edição de um livro de fotos, onde 100% do lucro foi destinado à construção de uma escola no Vale de Patle, onde Pemba nasceu. O filme mostra a trajetória da construção desta escola e a transformação da comunidade ao seu redor. O documentário conta também como esse projeto humanitário evoluiu, se transformando hoje no Instituto Dharma, organização que realiza projetos sociais voluntários em diversas regiões remotas e necessitadas do planeta.

  • “The Time Travelers” (Os Viajantes do Tempo)
    Direção: Brendan Leonard, Forest Woodward (EUA, 2017)

Em 2016, integrantes da equipe norte-americana de rafting decidiram encarar uma incrível missão: quebrar o recorde de velocidade de descida dos 443 quilômetros do rio Colorado, que corta o Grand Canyon, remando toda a extensão em menos de 34 horas. Este filme segue essa jornada extraordinária, que envolveu criar e construir um barco de 48 pés e treinar intensamente por oito meses até o grande dia, em janeiro de 2917. O que poderia ser um desafio puramente físico se transformou em algo muito maior: uma lição sobre camaradagem, perspectiva e o poder de um rio selvagem.

  • “Tropical Speed” (Velocidade Tropical)
    Direção: Duda Carvalho (Brasil, 2017)

“Tropical Speed” retrata o crescimento exponencial do ciclismo de estrada na cidade do Rio de Janeiro através de uma narrativa visual e artística. O filme apresenta a performance e o depoimento de ciclistas locais em belos cenários
naturais e urbanos da cidade, entre a floresta, o mar e as montanhas.

  • “Under the Above” (Sob os de Cima)
    Direção: Gabriel Novis (Brasil, 2017)

O diretor Gabriel Novis justapõe as partes mais tranquilas da ilha havaiana de Oahu com o caos de Pipeline. Ele nos leva em uma aventura cinematográfica pelo North Shore e mostra o talento arrebatador do surfista brasileiro Yago Dora durante a temporada de inverno 2016/2017. O surf de Yago fala por si mesmo – sua ingenuidade, evolução e potência nunca deixam de surpreender.

  • “Vozes Interiores”
    Direção: Marcio Flores (Brasil, 2017)

Em provas de corrida em trilha, atletas percorrem grandes distâncias, elevando ao máximo seu esforço físico e mental. Em meio aos desafios deste esporte, Cícero Barreto carrega consigo mais do que a participação em provas ou nos negócios. Entre belas paisagens, terrenos sinuosos, variações climáticas e exaustão física, sua motivação vai além do que o racional pode buscar. São flashes, vozes e lembranças que interceptam sua mente e trazem à tona uma forte ligação com seus valores e paixões na vida.

  • “Where the Wild Things Play” (Onde As Selvagens Brincam)
    Direção: Krystle Wright (EUA, 2017)

Sexta à noite no boteco local e… cadê as garotas? Resposta: saltando de BASE jump de penhascos altíssimos, fazendo manobras em slacklines, escalando paredões de granito, descendo a milhão em singletracks, esquiando fora de pista e geralmente deixando os caras para trás. Esta homenagem às atletas não deixa dúvida sobre a posição das mulheres no mundo outdoor de hoje: no topo.


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