Thaíde participa de debate sobre rap e cultura underground
Não é porque o rock traz na guitarra, na bateria e no baixo o som que conquista milhares de pessoas, que não pode ser comparado com o rap – que se apropria de um outro tipo de linguagem, com menos melodia. É assim que pensa o rapper Thaíde, um dos precursores do movimento hip hop em São Paulo. “O rap e o rock falam a mesma língua, quando penso que são estilos de música e que tem pessoas para ouvi-los”, afirma.
O tema entre a semelhança dos estilos, aliás, é um dos tópicos do encontro” Radiografia Cultural: Periferia e Underground em SP”, que Thaíde fará parte nesta quarta-feira, 15, no Centro Cultural Banco do Brasil, com entrada Catraca Livre, a partir das 18h. Ao lado do dramaturgo Mário Bortolotto e do jornalista Luiz Chagas, ele conta um pouco da história do hip hop de São Paulo.
Outro ponto do debate, como o próprio nome já sugere, é a discussão sobre a posição underground do rap. Thaíde acredita ser um artista um artista underground. E gosta de ser assim. Faz músicas comercias, mas pensa que a arte que produz existe porque há quem a consuma – e o consumidor está à margem dos grandes palcos. “Temos uma mensagem para passar e um público que gosta de ouvir”, argumenta.
Sua história começa a surgir a partir da década de 1980, quando pela região das Ruas 24 de Maio e São Bento, ao lado de nomes como KL Jay e Rappin Hood, introduz o movimento hip hop em São Paulo. Na época, havia bailes, vendas de discos e revistas. No repertório, traz a conhecida “Que Tempo Bom”, música que referencia o parte do período citado. Leia texto sobre o documentário “Nos tempos da São Bento”.
Mais sobre o evento
Às 18h acontece a apresentação da Banda Saco de Ratos e do rapper Thaíde e após, às 19h30, o dramaturgo e vocalista da Banda Saco de Ratos Mário Bortolotto e Thaíde participam de debate com a mediação do músico e jornalista Luiz Chagas.
Assista ao vídeo “Que Tempo Bom”, de Thaíde e Dj Hum