Caos e bagunça podem ser sinais de criatividade, aponta artigo

Criar, estudar, aprender e se desenvolver bem parecem ser possíveis somente em um espaço limpo e organizado. Pelo menos é o que se diz no senso comum. Contudo, diversos cientistas e pesquisadores já relacionaram o caos e a bagunça a estados intensos de criatividade.

De acordo com artigo do site Incrível, a natureza está em desordem, o que se reflete em nossos lares. Como dizia o físico Adam Frank: “É uma lei da Física. A dura verdade da vida é que o universo é em si um caos. Como você poderia deixar em ordem as coisas na sua casa se isso contradiz a natureza do universo?”.

Quem mantém seu espaço pessoal em desordem costuma ser estigmatizado como bagunceiro ou desordeiro, mas o artigo lembra que personalidades geniais ao longo do tempo tinham essa característica, como o cantor Jim Morrison, o físico Albert Einstein e os escritores Roald Dahl e J.K. Rowling. Einstein teria, inclusive, dito “Se a desordem no escritório significa desordem na minha cabeça, então o que significará uma mesa vazia?”.

Desordem pode indicar criatividade

Os autores Eric Abrahamson e David Freedman se debruçaram sobre o assunto e publicaram o best-seller “A Perfect Mess: The Hidden Benefits of Disorder” (algo como “Uma bagunça perfeita: os benefícios ocultos da desordem”). Ali, indicam alguns fatos interessantes. Afirmam, por exemplo, que uma mesa bagunçada pode indicar que a pessoa trabalha tanto que não tem tempo para arrumar o espaço.

Kathleen Vohs, da Universidade de Minnesota, também estudou o tema e constatou que as pessoas propensas a jogar coisas em qualquer lugar e a acumular lixo são mais criativas que as outras.

Segundo o artigo, Kathleen diz: “Todos queremos ser mais criativos, sentir a inspiração mais forte. Meu conselho: se você se sente estancado e sem saber o que fazer, vá para um quarto sujo. Isto permitirá que você vá além da percepção habitual e produza novas ideias mais rapidamente. A ordem é resultado de nossa tendência à segurança; já o caos é resultado de nossa vontade de repensar o mundo de maneira criativa”.

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