Casa do Mancha recebe artistas da cena independente

Por: Catraca Livre

A Casa do Mancha começou em 2007 como um estúdio para produzir músicas, bandas, trilhas sonoras, curta-metragens e funcionar como uma espécie de laboratório para novas ideias. Em derivado desta primeira proposta, surgiram festas, shows e exposições abertos a gente interessada em sair da zona de conforto e conhecer novidades.

Mancha, morador da casa e um dos coordenadores, começou a fazer este tipo de festa em Castilho, cidade do interior de São Paulo que faz divisa com o Matro Grosso do Sul. “Venho de uma cidade do interior e como acontece na maioria das pequenas cidades, a oferta de cultura/arte em forma de entretenimento deixa a desejar. Aí surge a necessidade de criar alternativas para suprir essa carência. Uma das maneiras é juntar um punhado de amigos pra tocar. Era o que eu fazia, é o que eu faço até hoje,” explica.

Sem a pretensão de virar uma casa badalada, Mancha afirma não ter uma proposta extremamente definida para não plastificar a iniciativa que nasceu de uma maneira sincera, mas que por outro lado, a Casa do Mancha tenta suprir a necessidade de ter um lugar com música, com cinema, com fotografia, com aulas de mitologia ou até mesmo para assistir aos jogos da copa.

Geralmente passam pelo palco ou paredes do espaço, bandas e artistas do circuito independente. O critério para selecionar as bandas e artistas é simples: “a pessoa precisa entender o que estamos fazendo e apresentar algo que venha somar. Pra isso, acredito que se deva conhecer a casa, conhecer quem faz a casa funcionar e então pensar em algo que seja relevante,” define.

Quanto ao funcionamento, Mancha é claro: “quem tá afim de descobrir algo, vai atrás. Não precisa ser amigo pra ver o que estamos fazendo, mas precisa sair um pouco do comodismo. Não é pra ser secreto, mas também não é pra encher a qualquer custo. É pra apresentar coisas interessantes pra pessoas interessadas”, finaliza.