Coletivo Digital: do software livre a um espaço de arte e cultura

O Coletivo Digital promove e recebe projetos, cursos, ações para promoção de software livre e inclusão digital, além de ter um estúdio de gravação para bandas independentes e vários eventos culturais

O bar estava lotado de gente tomando brejas geladas e comendo empanadas, carro-chefe da casa. Mas havia uma mesa que parecia a mais animada de todas: no lugar onde caberiam quatro pessoas, tinham oito completamente entusiasmadas, falando e rindo alto. Era impossível não ouvir a conversa quando principalmente uma informação despertou minha atenção: o grupo estava falando de um cine-debate que havia acabado de acontecer, em um “espaço muito bacana”, conduzido por “pessoas bem legais”.

– Nossa, e o lugar tem um quintal maravilhoso onde projetam o filme!
– Eu fui lá para dar um curso, mas sugeriram fazer também um cine-debate. E achei bacana, o pessoal que administra o lugar é tão legal!

Pelo que conversavam era possível deduzir que o evento em questão foi promovido naquela sexta à noite em um local a alguns passos do bar: o Coletivo Digital.

Quintal onde acontecem cine-debates, shows e apresentações artísticas

Obviamente o início deste texto não foi nada jornalístico da minha parte, por estar usando deduções; mas neste momento elas valem para introduzir o Coletivo Digital: um lugar bacana conduzido por pessoas muito legais. É uma definição bem pessoal, mas unânime para aqueles que conhecem o espaço e que principalmente conversam com seus colaboradores.

Pra mim, o Coletivo Digital era um mistério: com frequência passava na frente daquele sobrado em Pinheiros, sem saber o que funcionava ali. Somente conheci quando participei de um cine debate sobre Imigrantes e Racismo promovido durante a Mostra TAÍ – Território Artístico Imigrante, feito em parceria com o coletivo Visto Permanente (falamos sobre eles aqui).

Uma das atividades na Mostra TAÍ – Território Artístico Imigrante, promovido pelo Visto Permanente com apoio do Coletivo Digital

E você se surpreende ao passear por aquela casa cheia de cômodos, onde funcionam projetos, cursos e ações para promoção de software livre e inclusão digital (assunto que dá pano pra manga, já chego lá!), um estúdio de gravação para bandas independentes e vários eventos culturais que acontecem quase todas as semanas desde maio de 2015 – hoje já somam mais de 50! Além disso, é um espaço colaborativo para artistas e profissionais realizarem shows, debates e cursos: onde a moeda de troca é parceria e colaboração!

Leia a reportagem na íntegra no Cidade Lúdica clicando aqui.