Galpão do Folias celebra 20 anos com festival virtual de teatro

Maratona do Folias D’Arte exibe espetáculos do projeto 'Folias Brechtianas', o trabalho mais recente do grupo

Até 19 de julho de 2020

Quinta - Sexta - Sábado - Domingo

Diversos horários (confira abaixo)

Recursos de acessibilidade para pessoas com deficiência não informados pelo próprio organizador do evento

Referência na cena teatral paulistana, o grupo Folias D’Arte comemora os 20 anos de portas abertas de seu Galpão do Folias com um festival virtual INCRÍVEL composto por várias peças e algumas atrações musicais.

A mostra é grátis e pode ser conferida entre os dias 9 e 19 de julho no site da companhia, que disponibilizará os links das transmissões no dia de cada atração. Bora matar a saudade do teatro?

O Galpão do Folias é um espaço incrível na Santa Cecília
Créditos: Alécio Cezar - divulgação
O Galpão do Folias é um espaço incrível na Santa Cecília

A programação é pautada no último trabalho da trupe, o projeto “Folias Brechtianas”, que convidou grandes encenadores – Rogério Tarifa, Georgette Fadel, Eugênio Lima, Humberto Vieira e Cida Moreira – para dirigir cinco intervenções cênicas inspiradas em personagens e obras do dramaturgo alemão Bertolt Brecht (1989-1956).

Projeto “Folias Brechtianas” convidou cinco diretores para criar intervenções cênicas a partir de obras de Bertolt Brecht
Créditos: Cacá Bernardes
Projeto “Folias Brechtianas” convidou cinco diretores para criar intervenções cênicas a partir de obras de Bertolt Brecht

Esses espetáculos, que surgiram ao longo de 2019, eram encenados em frente ao Galpão do Folias e nas ruas ao redor, no bairro da Santa Cecília. E cada peça tinha uma linguagem própria, sem perder a essência da trupe anfitriã.

O festival virtual do Folias é dividido basicamente em duas etapas. Na primeira delas, que acontece de 9 a 12 de julho, sempre às 15h, o grupo exibe gravações inéditas de quatro das cinco intervenções do projeto “Folias Brechtianas”.

O grupo Folias D’Arte foi criado em 1997
Créditos: Cacá Bernardes
O grupo Folias D’Arte foi criado em 1997

E, nos dias 17, 18 e 19 de julho, as intervenções ficam disponíveis novamente por 48 horas e a companhia ainda convida a Trupe da Lona Preta, o grupo Cumbia Calavera e a DJ Evelyn para mostrar seus trabalhos.

Confira abaixo a programação do festival virtual do Galpão do Folias:

9 a 12 de julho, às 15h: Gravações inéditas das Folias Brechtianas

  • 9/7 – “Relato de uma Morte que Aconteceu na Esquina”, com direção de Rogério Tarifa: A partir do poema de Brecht “A Infanticida Marie Farrar”, da canção “A Balada do Soldado Morto” e da narrativa da morte de um morador de rua da Santa Cecília, o Grupo Folias criou um cortejo cênico-musical que desfila pelas ruas.
O diretor e DJ Eugênio Lima dirigiu a intervenção “Brecht Sample”
Créditos: Cacá Bernardes
O diretor e DJ Eugênio Lima dirigiu a intervenção “Brecht Sample”
  • 10/7 – “Brecht Sample – aos que hesitam ou somos o que sobrou?”, com direção de Eugênio Lima: A intervenção cênica integra discursos históricos, imagens, depoimentos pessoais, personagens e poemas de Brecht. Cada performer apresenta uma cena curta, unindo este material com os dilemas do tempo que nos toca viver. “Somos o que Sobrou? Com quem podemos contar?”
Os fundadores do Folias foram importantes para a luta pela Lei do Fomento ao Teatro, que beneficia dezenas de artistas a cada edição
Créditos: Cacá Bernardes
Os fundadores do Folias foram importantes para a luta pela Lei do Fomento ao Teatro, que beneficia dezenas de artistas a cada edição
  • 11/7 – “Canções de Guerra e Poesia – As Estrelas Estarão Sempre Lá, Sr. Brecht?”, com direção de Cida Moreira: A intervenção é composta por canções de Brecht, Weill e Hans Eisler e textos de personagens que estão dentro da guerra.  Juntos, somos infanticidas, soldados vivos e mortos, ratos, mães, bêbados, perdedores, prostitutas, viúvas na guerra, mães comerciantes da guerra, nas palavras do Sr. Keuner (alter ego de Brecht): escravos dos nossos fins.
  • 12/7 – “Destas cidades restará: apenas o vento que por elas passa!”, com direção de Georgette Fadel: A partir da conexão estabelecida entre os jogadores e o espaço público, relações são criadas na tentativa de entender “Essa Confusão Babilônica”. O poema do Brecht é material criativo para encontros e desencontros com o outro e consigo mesmo.

17, 18 e 19 de julho | Festival virtual

  • A partir das 17h do dia 17/9 – “Ocupação Brecht”, com direção de Humberto Vieira: Sete seres caminham sobre o fio da navalha, clandestinos que tentam existir em um cenário inóspito, na selva das grandes cidades, à margem do tecido social que permeia e estrutura as metrópoles, todos reféns de um país insano.
Olha essa foto da intervenção “Ocupação Brecht”, dirigida por Humberto Vieira
  • 17/7, às 16h – Trupe Lona Preta disponibiliza vídeo do espetáculo “O Circo Fubanguinho”
    O espetáculo é inspirado nas charangas, farsas e bufonarias. As músicas pontuam e costuram o enredo. Nele, dois palhaços, demitidos e expulsos do picadeiro, tentam se inserir a qualquer custo.
  • 17/7, às 16h – live de lançamento de clipe do grupo Cumbia Calavera
    A Cumbia Calavera propõe releituras instrumentais de cumbias clássicas além de composições próprias, difundindo melodias e elementos rítmicos da cumbia chicha, da cumbia colombiana e da música folclórica andina. O grupo se apresenta em formato de fanfarra e de maneira performática, baseada na iconografia da Fiesta de los Muertos do México.
  • 18/7, às 21h – live “Balaio Grove”, com DJ Evelyn
    DJ Evelyn propõe em sua discotecagem uma interatividade rítmica, música e memória para criar o encontro de várias gerações. O setlist passeia por sonoridades como lounge, nu-jazz, indie, soul music, eletro bossa, sambas, maracatu e a força do afrobeat.
  • 19/7, a partir das 10h – Barracão Teatro disponibiliza vídeo do espetáculo “O Circo do Só Eu”, de Ésio Magalhães.
    O majestoso Circo do Sol, com todas as suas atrações fenomenais, aceitou o convite para se apresentar em uma cidade, mas decide cancelar o espetáculo porque recebeu outra proposta mais lucrativa. Para não deixar ninguém na mão, o palhaço Zabobrim decide fazer um esforço imensurável e realizar sozinho o espetáculo de uma companhia inteira.

Quer mais espetáculos para matar a saudade? Então, toma: