Noite dos Tambores traz grupos de diversas regiões do país

Projeto Noite dos Tambores  é promovido na periferia de São Paulo[/img]

O projeto proporcionará a circulação, difusão e valorização da música percussiva e promoverá o intercâmbio entre os grupos participantes, a formação de público e parceria com escolas públicas da região.

A curadoria do evento é feita pelo grupo Umoja que traz em sua missão o compromisso com a difusão e valorização de manifestações culturais; parte do patrimônio cultural popular e afro-brasileiro presentes nas danças dramáticas populares e na musicalidade negra do samba de coco, dos maracatus de baque virado, do samba de roda, da ciranda e os afoxés. A apresentação desta proposta visa atender a necessidades do papel de difusor como base do trabalho do Umoja.

Além da Noite dos Tambores, a partir do dia 09 de maio, o público também poderá ver a exposição “Tambores”. Organizada pelo Instituto Tambor, os instrumentos contam a história da tambor no Brasil. A confecção dos tambores é assinada por Poeira, dono de um estilo refinado e preciso.

Confira abaixo a programação dos grupos que se apresentam nesta edição do Noite do Tambores:

21h – Ilú Egbá (São Paulo)

O Ilu Ebgá apresenta os toques sagrados dos Orixás da Bahia. Os instrumentos e os ritmos executados possuem valores históricos. Segundo os integrantes, os toques sagrados são meios de comunicação e de informação e após obrigações tornam-se instrumentos de materialização e exteriorização das forças vitais, tais como a própria palavra, as vozes e a respiração.

23h – Salloma Salomão (Itapecerica/SP) 

Músico afro-mineiro apresenta o resultado dos últimos anos de pesquisa histórica e estética no qual retorna ao universo simbólico da diáspora negra no sudeste do Brasil. Congos, Moçambiques, Folias e Lundus sustentam fé e festa, Fandangos, batuques e Tsungos são panos sobre os quais desenham louvores, amores e lamentos.

 23h – Congada Santa Efigênia (Mogi das Cruzes/SP)

Formada por 40 integrantes, incluindo crianças, o grupo conserva a manifestação folclórica de origem africana cujos movimentos são os passos marcados de preto velho, músicas louvando todos os santos em três ritmos característicos: dobrado, marcha lenda e marcha picada. Esta Congada é um exemplo de grupo tradicional que conseguiu se rearticular no contexto da Grande São Paulo.

0h – Orquestra de Tambores de Alagoas (Maceió / AL)

A Orquestra de Tambores de Alagoas é uma sintonia de ritmos, cores, timbres e sentimentos. Através de uma intensa pesquisa das raízes rítmicas afro-brasileiras e das manifestações folclóricas, o grupo apresenta um verdadeiro resgate de valores da cultura do nordeste do Brasil, integrado a fragmentos da música contemporânea e efeitos sonoros eletrônicos. Apresentação extra: SESC Santo Amaro, 10 de maio, às 17h.

01h – Muzenza (Salvador/BA)

O Muzenza é um termo de origem bantukikongo, significa Yaô do Nagôs, nome dados aos iniciados no candomblé de linha de Angola. Fundado há 33 anos, consolidou-se como bloco de Carnaval, explodindo o reggae de rua através de sua banda percussiva que possui o maior número de variações rítmicas no Estado, que ao fundir elementos do suingue afro-baiano ao reggae jamaicano, criou o samba-reggae. Apresentação extra: SESC Santo Amaro, dia 10 de maio, às 14h.

02h – Os quentes da Madrugada (Santarém Novo/ PA)

Liderado com capricho e rigor por mestres como Dico Boi, Ticó e Zé Pitanga, chama a atenção pela excelência artística de seu repertório e a precisão de seus músicos e cantores. Formado exclusivamente por lavradores, pescadores e tiradores de caranguejo da própria comunidade, o conjunto utiliza somente instrumentos de percussão produzidos artesanalmente pelos mestres locais. Uma característica marcante da sonoridade do conjunto é a força e o ritmo sincopado de sua percussão, bastante diferenciada dos demais grupos de carimbó da região. A ausência de instrumentos de cordas e de sopros no conjunto, devido principalmente ao desaparecimento dos antigos músicos que tocavam estes instrumentos, levou o grupo à um sotaque de carimbó mais percussivo, onde a melodia é definida pelas vozes dos cantadores. Apresentações extras: 08 de maio, quinta-feira, às 20h no Sacolão das Artes e dia 11 de maio, domingo, às 16h no Sesc Santo Amaro.

Mais informações: noitedostambores.com