Pesquisadores apontam para o poder tóxico do bisfenol a (BPA) que pode ter implicação no autismo e TDAH

A ligação entre plástico e autismo

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A incidência de autismo e TDAH aumentou. Um estudo sugere que a exposição a plásticos, especialmente ao bisfenol A (BPA), pode estar relacionada a esses transtornos.

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Um estudo de 2023 publicado no PLOS ONE indicou que crianças com autismo e TDAH têm uma menor capacidade de eliminar o aditivo plástico BPA de seus corpos.

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O BPA é processado no fígado por glucuronidação, que o torna solúvel em água, permitindo a eliminação pela urina. Isso protege o corpo de acúmulo excessivo.

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Indivíduos com genética menos favorável têm mais dificuldade em desintoxicar o BPA, aumentando a exposição ao componente e afetando os tecidos.

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Em crianças autistas, a capacidade de processar o BPA é, em média, 10% menor do que em crianças neurotípicas, aumentando sua exposição a essa toxina.

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Para crianças com TDAH, a capacidade de desintoxicar o BPA é cerca de 17% menor. Isso reforça a relação entre a exposição ao BPA e o TDAH.

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O estudo é a primeira evidência bioquímica que liga o BPA ao autismo e ao TDAH, segundo o pesquisador T. Peter Stein, da Rowan-Virtua School of Osteopathic Medicine.

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O pesquisador alerta: mais estudos são necessários. A exposição ao BPA pode ocorrer no útero ou após o nascimento. Outros fatores também podem contribuir.

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O BPA está em plásticos de policarbonato, garrafas reutilizáveis, embalagens e revestimentos internos de latas. Muitos países já limitam seu uso em produtos infantis.

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