Eu me encaixo no grupo de risco. E não cancelei, adiei minha viagem
Viajar traz a alegria de conhecer novos lugares, alguns deles tão sonhados, de fazer novos amigos, viver experiências inéditas, compartilhar alegrias
Embora a grande maioria dos jovens não imagine –-como eu mesma não imaginava”– a idade traz algumas vantagens. E uma delas é saber, por experiência própria, que todas as crises passam. Com mais ou menos dor, mas passam. Inclusive essa pandemia do novo coronavírus (Covid-19) passará. Com mais rapidez se todos colaborarem, ficando em casa, evitando aglomerações, seguindo as instruções dos organismos de saúde. Sem pânico.
No post anterior falei que tinha viagem marcada para as próximas semanas. E estava preparada para ir, caso houvesse possibilidade segura de viajar. Não pretendia ficar bloqueada longe de casa ou arriscar minha saúde. O encaminhar dos fatos fez com que eu mudasse meus planos.
Mas não cancelei nada. Apenas adiei a data da viagem. Ao invés de pegar o início da primavera no hemisfério Norte pretendo visitar os mesmos lugares já no verão, daqui quatro meses, quando –todos esperamos!– a crise tenha passado e a vida volte minimamente ao normal.
Viajar para os mais velhos é mais do que tirar férias. É a oportunidade de viver os prazeres que não pudemos nos dar quando estávamos atarefados com nossas carreiras, trabalhando 12 horas por dia, criando filhos, cuidando de tantos afazeres.
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Viajar traz a alegria de conhecer novos lugares, alguns deles tão sonhados, de fazer novos amigos, viver experiências inéditas, compartilhar alegrias. É sentir-se vivo, mesmo percebendo-nos mais próximos do fim da existência.
Adiei esta minha viagem sem sofrimento. E sem multas!. Sabendo que é só um tempinho a mais de espera.
A jornalista Mariuccia Ancona Lopez compartilha dicas sobre viajar depois dos 60 no blog Tempo de Viajar
