Associação lança cartilha com dicas para compras de serviços turísticos pela internet

Consumidores devem checar reputação das empresas e atentar-se às operações em dólar sujeitas a imposto e flutuação cambial

Escolher o destino, planejar o roteiro, pesquisar (muito) e, finalmente, comprar um pacote, produto ou serviço de turismo. Cada vez mais, os brasileiros fazem tudo isso na frente do computador.

De acordo com o último Estudo da Demanda Doméstica, 94% dos turistas do país organizam a principal viagem doméstica do ano por conta própria. Nesse percentual, estão incluídas as pessoas que efetivaram compras online.

Para evitar problemas com quebra de contrato, restrições de ofertas, bagagem inadequada e outros contratempos, a Braztoa (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo) lançou uma cartilha com dez dicas sobre como se prevenir em compras digitais de pacotes e serviços turísticos.

A cartilha, disponível no site da entidade, alerta para ofertas muito tentadoras, com valores muito abaixo dos de mercado. Outra recomendação é conferir a reputação da empresa e se ela tem CNPJ, telefone e endereço físico antes de fechar o negócio e imprimir todos os comprovantes da compra on-line.

O Ministério do Turismo também disponibiliza em seu site dicas sobre como proceder antes, durante e depois da viagem e o Cadastur, cadastro das empresas habilitadas a atuar como agências de viagem.

As taxas extras também são um problema, pois podem aparecer somente no momento do pagamento. O consumidor tem o direito de ser informado com clareza sobre o que está pagando e caso se sinta enganado, pode desistir da compra em até sete dias, com a devolução integral do valor pago.

Entretanto, esse direito só é garantido no caso de compras realizadas com empresas com sede constituída no Brasil, que consequentemente estão sujeitas às regras do Código de Defesa do Consumidor.

O consumidor deve ficar atento às compras feiras em sites estrangeiros. Elas podem revelar uma grande surpresa, já que toda operação em dólar está sujeita à cobrança de 6,38% de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Esse valor também é atualizado até o fechamento da fatura do cartão de crédito, e pode ficar bem mais alto caso a moeda estrangeira se valorize.