Zé Celso remonta Roda Viva depois de 50 anos

Por: Redação
Até de de
Sexta – Sábado – Domingo
– Sexta e sábado às 20h
Domingo às 19h
Preço: Comprar
R$ 60 inteira | R$ 30 meia (estudantes, aposentados, professores e artistas) | R$ 25 moradores do Bixiga (necessário comprovante de residência) | R$5 (estudantes secundaristas de escola pública, imigrantes, refugiados, moradores de movimentos sociais de luta por moradia) – limitados à 10% da lotação diária
Local: Teatro Oficina Uzyna Uzona
Rua Jaceguai, 520 – Bela Vista, São Paulo – SP, Brasil
Mais informações:
Telefone: (21) 2265-9933
Site: http://www.funarte.gov.br/espaco-cultural/teatro-cacilda-becker/
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Domingo às 19h
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Rua Jaceguai, 520 – Bela Vista, São Paulo – SP, Brasil
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Depois de 50 anos entra em temporada o espetáculo Roda Viva no Teatro Oficina Uzyna Uzona. A peça fica em cartaz do dia 23 de dezembro a 10 de fevereiro. Zé Celso remonta a peça de Chico Buarque depois de 50 anos.

Cena da remontagem do espetáculo “Roda Viva” de Chico Buarque.
Créditos: Jennifer Glass / Divulgação
Cena da remontagem do espetáculo “Roda Viva” de Chico Buarque.

A dramaturgia de Roda Viva é a ascensão e queda de Benedito Silva (Roderick Himeros), cantor e compositor de sucesso inventado e fabricado pela mídia. A trama se desenvolve pelas intervenções do Anjo da Guarda (Gui Calzavara) e do Capeta (Joana Medeiros), que fazem de Benedito o cantor de grande sucesso popular Ben Silver. Mané (Marcelo Drummond), amigo de juventude do protagonista, durante todo o espetáculo fica na mesa de bar, como um fio terra de Benedito que tem sua genialidade fabricada e ininterruptamente monitorada e redirigida pelos índices de popularidade. Assim, Ben Silver, o herói pop é transformado em Benedito Lampião, cantor “bem brasileiro, bem violento, cantando baião e marcando o ritmo na queixada”. Quando ele enfim é devorado pelo coro, sua esposa, Juliana (Camila Mota), o substitui como novo ícone da cultura, liberta da formatação, com um acordo cosmopolítico de produção.

Da dramaturgia original, canções que depois tornaram-se famosas no repertório do autor, como Roda Viva e Sem fantasia. Na montagem de 2018 foram incorporadas a obra prima de 2017 Caravanas e a bossa nova Cordão.

A primeira montagem acontece em 1968, ano emblemático de ebulição política e cultural no mundo. Na encenação, Zé Celso dá espaço para um novo agente que leva a dramaturgia adiante: o coro é o grande provocador de Benedito e sua dupla de empresários, já que a entidade múltipla e diversa vai se transfigurando e incorporando os sucessos e fracassos do ídolo construído. Neste 2018, a companhia põe em cena, pra além do show business, a criação e devoração dos mitos e messias do aqui e agora.

E foi no final de 1967 e início de 68 que o coro de RODA VIVA transformou radicalmente o Teat(r)o Oficina. A multidão que tomou o espaço do protagonismo era uma geração que trazia em si todas as revoluções.

Inaugurou-se ali a linguagem coral no teatro brasileiro, um retorno aos ritos, aos dityrambos gregos, à pré-lógica indígena, a descolonizar e radicalizar o fazer teatral em plena ditadura militar no Brasil, em pleno nascimento da Tropicália, movimento cultural antropófago. Se em 68 o coro de RODA VIVA quebrou a quarta parede entre palco e plateia, misturou e modificou o moderno teatro brasileiro, e consequentemente o teatro contemporâneo, hoje, 50 anos depois, a bola do coro de 68 foi recebida pelo coro de 2018, com a direção de quebrar todas as paredes, em escala urbana. A religação do povo com a Cultura e da Cultura com o povo.