Usina transforma bagaço da cana em energia para abastecer dois municípios
Energia produzida pode abastecer uma cidade de 100 mil habitantes
Até uma década atrás, o bagaço era considerado um problema ambiental para a usina, que não conseguia descartar o material de maneira adequada. O grupo vendia, por R$ 15 a tonelada, as sobras da cana para produtores de papel, gado e aglutinados de fornalha, mas existiam sobras que podiam contaminar o solo e sujavam o parque industrial. Hoje, uma tonelada de biomassa produz 60 kw/h que traz uma média de R$ 50 de lucro vendendo energia limpa.
Com um investimento de R$ 15 milhões, em 2001, a usina passou a ser classificada como sucroenergética por produzir açúcar, álcool e energia limpa. Além do aumento do desempenho produtivo e autossuficiência energética, a comercialização da biomassa já representa cerca de 5% dos lucros.
No total, a usina consegue gerar 25 megawatts durante os seis meses da safra. Desse montante, 12 são consumidos no parque industrial e 13 são vendidos para a Eletrobras. Essa energia sobressalente abastece diretamente as cidades de Matriz do Camaragibe e São Luís do Quintude, justamente no verão, quando os níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas diminuí.
Por Redação