Centro Cultural Banco do Brasil divulga a programação de 2010

A programação de 2010 enfatiza a diversidade, a multiplicidade de linguagens e o ineditismo

O Banco do Brasil investirá em 2010 R$ 41,5 milhões na programação de seus três Centros Culturais. Durante o período de inscrições, que ocorreu entre maio e junho de 2009, o BB recebeu 4.012 projetos, que contemplaram as mais diversas manifestações culturais (exposições, música, teatro, cinema, dança, ideias e programas educativos).

Foram selecionados 136 projetos, dos quais 54 irão compor a grade de programação do CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil) São Paulo.

Confira a programação completa:

Exposições

Na área de exposições, já em fevereiro, a exposição “A Expedição Langsdorff” traz aspectos da natureza e da sociedade brasileira da primeira metade do séc. XIX, na forma de desenhos, aquarelas e mapas – originais, poucos conhecidos e em sua maioria inéditos – de Johann Moritz Rugendas, Aimé-Adrien Taunay e Hércules Florence, entre outros.

Em abril, a exposição “Aguilar 50 Anos” traz 100 obras, entre pinturas, desenhos e videoarte,  que permitem uma análise profunda da produção do artista brasileiro multimídia José Roberto Aguilar.

“Craques do Cartoon na Copa” apresenta obras de cartunistas que reproduzem, com humor, o cotidiano do futebol brasileiro. Linguagens híbridas são exploradas na retrospectiva da artista multimídia “Laurie Anderson”.

E a produção da artista japonesa “Mariko Mori”, atualmente em grande evidência no cenário mundial, articula elementos da cultura tradicional e o uso de tecnologia contemporânea, ao associar referências vindas da moda, da dança, e da ficção científica.

“O Mundo Mágico de Escher”, por sua vez, é uma exposição lúdica e didática, com a obra de um dos mais originais artistas gráficos do séc. XX, Mauritius Cornelis Escher.  Com uma coleção nunca antes exibida no Brasil,  a exposição “Arte do Islã” abarca 1.400 anos de história e arte islâmicas, de diversas nações do mundo mulçumano.

Cinema

O cinema do CCBB mantém o perfil de cineclube, com 24 mostras de cinema durante o ano.  Permanecem os Festivais “Anima Mundi” (18a. Edição) e “É Tudo Verdade” (15a. Edição).

A produção nacional é contemplada nas mostras “Brasil Anos 80: Cinema e Vídeo”, que traz uma revisão da década de 80 por meio do audiovisual brasileiro, “Cineastas e Imagens do Povo”, que resgata importantes obras documentais de nossa filmografia e “Clássicos e Raros de Nosso Cinema”, em sua 3a. edição, que proporciona a restauração a preservação de importantes filmes brasileiros, por meio de uma parceira com a Cinemateca Brasileira.

Em 2010, permanece o “Cinema Nacional Legendado e Audiodescrito”, com a proposta de viabilizar o acesso de pessoas com deficiências auditiva e visual a filmes nacionais, por meio de legenda oculta e audiodescrição.

A área de cinema traz também retrospectivas de cineastas renomados, com as mostras “Hou Hsiao Hsien” e o “Cinema de Memórias Fragmentadas”, que celebra o nome deste cineasta relevante na cinematografia oriental e pouco conhecido no país.

Já “Kenneth Anger, o fetichista pop”, apresenta o trabalho deste ícone do experimentalismo no cinema americano, “Luc Moullet, Cineasta Rebelde”, uma retrospectiva com cerca de 20 filmes do cineasta e crítico francês, também pouco conhecido do público brasileiro.

“Os Filmes de Michael Powell e Emeric Pressburger”, serão composta por obras cinematográficas escritas, produzidas e realizadas em parceria por essa dupla de cineastas.

“Retrospectiva Pedro Costa”, uma mostra com longas  e curta-metragens e produções para televisão, dirigidas pelo cineasta português e “Redução e Simplicidade – O Cinema de Yasujiro Ozu”, com a exibição de 17 longas de Yasujiro, considerado um dos mais importantes cineastas do Japão.

Teatro

A peça “Piedade” faz uma releitura do assassinato de  Euclides da Cunha, com um  hipotético encontro póstumo entre os personagens do acontecimento. “Êxtase” apresenta um texto inédito no Brasil do prestigiado cineasta e roteirista Mike Leigh, que considera essa a sua melhor peça.

No monólogo “Simplesmente Eu – Clarice Lispector”, a atriz Beth Goulart reconta a trajetória de escritora em busca do entendimento do amor e de seu universo, através de suas dúvidas e contradições.

Em “As Três Velhas”, Luciano Chirolli, Pascoal da Conceição e Maria Alice Vergueiro apresentam o texto escrito em 2003 pelo cineasta e dramaturgo Alejandro Jodorowsky, em uma encenação inspirada na linguagem do Bufão.

“Doze Homens”, por sua vez, traz o Grupo Tapa para a interpretação de um dos maiores dramas sobre tribunal, internacionalmente conhecido pelo sucesso do filme “Twelve Angry Men”.

Em “Felinda”, espetáculo da Companhia Carroça de Mamulengo do Ceará, a o enredo fira em torno de história de uma velha sábia para alguns, doida para quase todos, que ainda moça fugiu com um circo de sua região e foi abandonada em uma cidade onde a Cia. esteve em temporada.

Em parceria com o FILO, um dos mais importantes festivais de teatro, o CCBB apresenta espetáculos de grupos internacionais na MIT – Mostra Internacional de Teatro. No espetáculo do mexicano Victor Hugo Rascon Brada, “Mulheres que Bebem Vodka”, Clarisse Abujamra, Martha Novill, Maria Manoella e Patrícia Gaspar dividem a cena sob a direção de Ligia Cortez.

Para o público infanto juvenil, peça Meu Amigo Pintor, de Lygia Bojunga, conta com a direção de Vladimir Capella a participação de Sandra Corveloni, Genésio de Barros e Guilhermo Alexandro Hundadze e cenário de Tomie Ohtake.

Música

“Alma Brasileira” é uma série musical que evidencia o impacto da música brasileira sobre os artistas estrangeiros. “Rock Rural” traz encontros inéditos que resgatam um movimento importante na história da música brasileira, com a participação de Sá e Guarabyra, Zé Geraldo, Paulo Simões, dentre outros.

Já no projeto “Vale a Pena Ouvir”, a proposta é divulgar grupos e músicos de várias regiões do Brasil, que estão despontando no mercado fonográfico.

Com “Noel Rosa, Um Novo Século”, é realizada uma homenagem aos 100 anos de nascimento do compositor, com a apresentação de intérpretes e grupos que se destacam por sua participação fora do circuito estrito da tradição do samba, propondo novas e vigorosas abordagens para seu repertório.

Em “Cale-se”, são apresentadas histórias de autores e músicas populares, de MPB e do Pop Rock, que sofreram cortes e censura no período do AI5. “Oritá”, traz intérpretes das tradições afro, como Carlinhos Brown, Kiko Dinucci e Iara Rennó.

Centro das Artes

No Centro das Artes, com o intuito de envolver o público de região central e contribuir para a requalificação do centro de São Paulo. Abrange as áreas de música, dança, cênicas, cinema, arte pública e performances.

Na área de “Idéias, Arte e Vanguarda na Internet ” é um ciclo de 09 encontros mensais, cada um deles transmitidos online pela TV UOL, que propõe uma discussão sobre a importância que a rede possui dentro da contemporaneidade.

“Diversidade em Destaque” é um seminário que reúne representantes da sociedade civil para debater temas relacionados à responsabilidade social e direitos humanos.

Por sua vez, o curso “Introdução à História da Arte” abrange um panorama da produção artística de diferentes períodos, escolas e movimentos, desde a antiguidade até o presente.

Em “Radiografia Cultural: Periferia e Underground em SP”, artistas e intelectuais se reúnem em 08 encontros para discutir os movimentos artísticos da periferia e do centro da cidade de São Paulo.

Por Redação