Catando Estórias promove interação entre literatura e arte em material reciclado

Evento busca aproximar arte e literatura do universo dos catadores de recicláveis com oficinas, "catação" e "contação" de estórias

Por Redação
20/05/2013 12:05 / Atualizado em 04/05/2020 11:45

Nos dias 23,24 e 25 de maio acontecerá a 1ª edição do “Catando Estórias”, projeto cultural que promoverá a interação com a literatura e a arte em capas de livros feitas com papelão reciclado.  O evento acontecerá, das 11h ás 16h, na Passagem Literária (túnel que liga uma calçada a outra, na rua da Consolação esquina com a avenida Paulista) e é organizado pelo Coletivo Dulcinéia Catadora.

Livros confeccionados pelo Coletivo Dulcinéia Catadora
Livros confeccionados pelo Coletivo Dulcinéia Catadora

Serão promovidas oficinas artísticas para a confecção de capas de livros com papelão coletado por catadores de recicláveis. O coletivo artístico também ocupará as calçadas da rua da Consolação. De um lado, irão “catar estórias” dos pedestres, que serão transformadas em novos livros. Do outro lado, haverá “contação de estórias” na forma de sarau literário.

O objetivo da atividade é estimular a leitura e conscientizar a população sobre a importância do trabalho dos catadores de recicláveis, além de promover as possibilidades artísticas desses materiais.

As inscrições podem ser feitas no local, ou antecipadamente no Facebook do evento.Todas as atividades são gratuitas.

Coletivo Dulcinéia Catadora

O grupo começou os trabalhos em fevereiro de 2007, após colaboração com o Eloísa Cartonera – grupo argentino que iniciou a prática de fazer livretos com papelão – na 27ª Bienal de SP. O Dulcinéia Catadora, criado pela artista Lúcia Rosa e Peterson Emboava – que é filho de catador – realiza um trabalho de aproximação da arte e literatura para os catadores de papelão. Diversos escritores realizam oficinas e disponibilizam obras, as quais o grupo artístico confeciona a capa e vende os livros. A verba é revertida para os catadores.

Além de confeccionar livretos com capas de papelão, o Coletivo Dulcineía Catadora faz instalações, dá oficinas e realiza intervenções urbanas. Não haverá comercialização de livros durante o “Catando estórias”.