Varal de literatura:Surfista, ex-drogado, ex-traficante

Trechos do diário de prisão de Jaques Chulam (foto ao lado), um paulistano de classe média alta, ex-estudante de engenharia, cujo maior prazer era surfar nas ondas do Havaí. Em 25 de outubro de 2004, uma manhã cinzenta e fria, ele foi metido numa cela, em Lisboa, acusado de tráfico.

Domingo foi o quinto aniversário do dia mais solitário na vida de Jaques Chulam, um paulistano de classe média alta, ex-estudante de engenharia, cujo maior prazer era surfar nas ondas do Havaí. Em 25 de outubro de 2004, uma manhã cinzenta e fria, ele foi metido numa cela, em Lisboa, acusado de tráfico de drogas.

Naquele exato momento, descobriu-se adulto -alguém habituado à amplidão do mar estava num cubículo de oito metros quadrados.

Até então, era capaz de plantar maconha numa reserva florestal protegida, em Honolulu, sem ver perigo. Traficava no eixo Brasil-Estados Unidos, mas, no íntimo, achava que nunca daria em nada. É um típico caso de clichê fundo do poço: empanturrava-se de crack nas fétidas calçadas ao redor do Ceagesp, forjou o próprio sequestro, viajou para surfar quando a filha estava para nascer. Perguntei-lhe por que um indivíduo rico, com tantas possibilidades, vira traficante.

Depois de sair da cadeia, no ano passado, Jaques colocou sua história no papel, com o título de “Surfista, Ex-Drogado, Ex-Traficante” (editora Francisco Alves), livro lançado na semana passada.

Leia essa coluna na íntegra no jornal Folha de S. Paulo, publicado no dia 24 de outubro de 2009.

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